Ao menos 48 pessoas morreram na série de terremotos que atingiu a costa oeste da região central do Japão ontem (1º)), segundo balanço divulgado hoje pelas autoridades japonesas.
As autoridades também suspenderam o alerta de tsunami emitido ontem, em vigor durante 18 horas, ao longo da costa ocidental das ilhas de Honshu e Hokkaido e do norte da ilha de Kyushu.
Ao todo, foram registrados cerca de 200 tremores. O mais forte deles teve magnitude de 7,6 e com epicentro na península de Noto, área mais atingida e relativamente remota. Milhares de soldados, bombeiros e policiais de todo o país foram deslocados para a região.
Os trabalhos de resgate são dificultados por estradas fortemente danificadas e bloqueadas. Um dos aeroportos locais teve que ser fechado devido a rachaduras na pista. Numerosas casas desabaram ou foram afetadas por incêndios. Cerca de 45 mil famílias ficaram sem energia, e faltou água em muitos locais.
Em Suzu, cidade costeira com pouco mais de cinco mil famílias perto do epicentro do terremoto, até mil casas podem ter sido destruídas, segundo o prefeito local, Masuhiro Izumiya. “A situação é catastrófica”, disse ele.
A Agência Meteorológica do Japão alertou que outros fortes tremores ainda podem ocorrer nos próximos dias.
Conforme o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, não há registro de brasileiros afetados pelos tremores.
De acordo com relatos da imprensa japonesa, os edifícios balançaram em áreas próximas da capital, Tóquio. As emissoras mudaram para uma programação especial e fizeram apelos urgentes para que os moradores deixassem as regiões atingidas.
“Sabemos que a sua casa e os seus pertences são preciosos, mas suas vidas são ainda mais importantes. Dirijam-se para o lugar mais alto possível”, disse um apresentador da NHK aos telespectadores.
Fonte: DW
Foto: SBT News