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jun 12 2024

Volume no setor de serviços cresce 0,5% em abril, segunda alta seguida

Empresa alemã assume aeroporto de Fortaleza | Agência Brasil

O volume de serviços prestados no País segue em crescimento. O setor teve alta de 0,5% na passagem de março para abril, segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 1,2% no período. Com isso, o setor de serviços se situa 12,9% acima do nível pré-pandemia (de fevereiro de 2020) e 0,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor mostrou expansão de 5,6%, se recuperando do recuo de 2,2% registrado em março.

No acumulado do ano, o volume de serviços teve alta de 2,3% no primeiro quadrimestre de 2024, frente a igual período de 2023. Já o acumulado dos últimos 12 meses foi 1,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), cujo resultado foi divulgado hoje (12) pelo IBGE.

Das cinco atividades da PMS, três tiveram crescimento na passagem de março para abril. O principal destaque foi para a alta de 1,7% em transportes. É a segunda expansão seguida, com ganho acumulado de 2,5% no período. Dos quatro tipos de serviços com maior impacto positivo no resultado do mês, três são do grupo transportes. “A maior influência foi de transportes aéreos, efeito da queda dos preços das passagens aéreas em abril”, explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa. “O transporte rodoviário municipal de passageiros foi o terceiro impacto, e logística de cargas ficou em quarto”, complementa.

Outra atividade com influência no crescimento de 0,5% do setor em abril foi outros serviços, que com a alta de 5 %, também apresentam o segundo crescimento seguido, acumulando 5,3% de expansão no período de março-abril. O destaque do grupo foram as atividades de serviços financeiros e auxiliares, que marcaram a segunda maior influência positiva em toda a pesquisa.

A terceira atividade que registrou alta foi informação e comunicação, com crescimento de 0,4%, renovando, assim, o ápice de sua série histórica em abril de 2024. “O desempenho do grupo no mês foi puxado pelo resultado em telecomunicação”, afirma Lobo.

Entre as quedas, serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram recuo de 1,1%. “A queda tem a ver com a base de comparação mais elevada, já que o setor vinha de alta de 4,0% em março. De toda forma, esse recuo não elimina o ganho do mês anterior e o grupamento ainda tem um saldo positivo nestes dois meses”, justifica o gerente da PMS. Os serviços de engenharia, as empresas que atuam com cartões de desconto e programas de fidelidade, bem como as agências de viagens tiveram um papel importante para explicar a queda do setor de profissionais e administrativos, em abril.

O setor de serviços prestados às famílias, com queda de 1,8%, sofreu seu recuo mais intenso desde outubro de 2023, quando caiu 1,9%. O Grupamento de alojamento e alimentação exerceu o maior impacto negativo dentro da atividade, seguido por espetáculos teatrais e musicais. “No caso deste último, a base de comparação estava mais elevada, graças a alta de março ocasionada por um festival que ocorreu em São Paulo”, lembra Lobo.

Na passagem de março para abril, na análise regional, 20 das 27 unidades da federação (UFs) tiveram crescimento. Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, os impactos mais importantes vieram de São Paulo (0,6%) e Minas Gerais (3,2%), seguidos por Bahia (5,7%) e Distrito Federal (5,4%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (-0,7%), Tocantins (-22,5%) e Paraná (-1,0%) tiveram as principais influências negativas.

A PMS também trouxe os resultados do setor de serviço na comparação interanual, entre abril de 2024 e abril de 2023. Neste caso, o volume do setor de serviços apontou crescimento de 5,6%, após ter recuado 2,2% em março. Todas as cinco atividades cresceram nesta comparação, com o setor de informação e comunicação exercendo o principal impacto positivo, com alta de 7,7%.

Regionalmente, 23 das 27 UFs tiveram crescimento. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (5,7%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-2,6%) liderou as perdas do mês. “Cabe destacar que essa queda no volume de serviços no estado gaúcho é consequência de um menor dinamismo da agropecuária. Em 2024, as safras estão menores, o que acaba se refletindo na queda em transporte rodoviário de cargas, responsável pelo escoamento da produção agrícola, e que tem peso elevado no estado. Em outros estados com forte viés agrícola aconteceu o mesmo”, esclarece Rodrigo Lobo, citando as quedas no Mato Grosso do Sul (-5,4%) e no Tocantins (-8,1%).

O índice de atividades turísticas teve crescimento de 2,3% em abril, na comparação com março, marcando o segundo resultado positivo seguido, acumulando um ganho de 2,4% neste período. O segmento de turismo ficou 4,7% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 3,0% abaixo do ponto mais alto da série (fevereiro de 2014). “Este índice agrega 22 atividades de serviços, dentre elas, o transporte aéreo de passageiros, que, como já explicado, foi influenciado positivamente pela queda do preço das passagens”, relembra Lobo.

Fonte: IBGE

Foto: EBC

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