Termina hoje (19) a rodada de discussões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para definir a nova taxa básica de jurosdo País. Instituições financeiras consultadas pelo BC esperam pela manutenção da Selic em 10,5% ao ano, pondo fim ao ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023.
Em sua última reunião, no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, para 10,5% ao ano. Entretanto, a velocidade dos cortes vem diminuindo. De agosto de 2023 a março de 2024, o Copom reduziu, a cada reunião, os juros básicos em 0,5 ponto percentual. Nesta última vez, a redução foi de 0,25 ponto percentual.
Segundo o comunicado do órgão, a decisão se deu porque “o ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países”.
Os membros do colegiado demonstraram também preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e, “em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente”, não previram novos cortes na taxa Selic. Segundo a ata da última reunião, “a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa, serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.
Fonte: R7/Agência Brasil