O Ministério Público Eleitoral apresentou uma denúncia contra Eurípedes Júnior, presidente licenciado do Solidariedade, por organização criminosa e outros crimes.
O político também é alvo da Operação Fundo no Poço, deflagrada pela Polícia Federal (PF), que investiga desvio de aproximadamente R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral.
Na denúncia, o promotor Paulo Roberto Binicheski coloca Eurípedes como líder da organização criminosa “ formada por seus familiares e pessoas próximas de sua confiança” e diz que ele foi “responsável diretamente pela apropriação de recursos dos Fundos Partidário e Eleitoral, destinados ao Pros, em proveito próprio e alheio”. “Além disso, juntamente com outros integrantes da organização criminosa, furtou numerário significativo pertencente à agremiação política quando não mais podia movimentar formalmente suas contas bancárias, bem como inseriu declarações falsas nos autos das prestações de contas declaradas perante a Justiça Eleitoral, para fins de macular os crimes anteriormente perpetrados”, completa.
Além do político, que também foi dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), outras nove pessoas foram denunciadas: o político Alessandro Sousa da Silva; a tesoureira do Solidariedade Cintia Lourenço da Silva; o empresário Epaminondas Domingos do Nascimento Júnior; o cientista político Felipe Antônio do Espírito Santo; o ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte; as advogadas Julia Rodrigues Monteiro Barros e Karen Lucia Santos Rechmann; o vigilante Lusiano Francisco de Sousa; e o servidor público Márcio Xavier da Silva.
Na denúncia, o MP Eleitoral elenca os crimes de organização criminosa, apropriação indébita, furto qualificado mediante fraude de recursos do fundo partidário, falsidade ideológica eleitoral e peculato. Também pede o pagamento de mais de R$ 28 milhões, a fim de reparar danos provocados pelos desvios, e manutenção de prisões dos suspeitos.
Fonte: R7 -Bruna Lima e Gabriela Coelho