Em 2022, a atividade comercial brasileira tinha 1,4 milhão de empresas, que ocupavam 10,3 milhões de pessoas. Esse contingente caiu 0,7% em uma década, uma redução de 76,6 mil pessoas. No entanto, em relação ao ano anterior, houve um aumento de 2,6% (263,7 mil pessoas).
Foi a primeira vez que o número de ocupados no setor superou o patamar pré-pandemia, registrado em 2019. Nessa comparação, o comércio aumentou em 157,3 mil o número de pessoas ocupadas, o que representa um crescimento de 1,5%. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2022, divulgada hoje (25) pelo IBGE.
“Desde 2019, o ano de 2022 foi o primeiro que registrou uma recuperação plena da empregabilidade depois das perdas durante a pandemia, mas ainda não chegamos ao patamar de 2013/2014, quando foram registrados os maiores números da série histórica, com 10,4 e 10,6 milhões de pessoas ocupadas, respectivamente. A partir de 2014, tivemos um período de crise econômica, com aumento do desemprego, e isso impactou também o setor de comércio”, lembra o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.
Outros destaques da pesquisa são:
- O comércio varejista respondeu pela maior parte das ocupações (7,6 milhões), seguido pelo comércio por atacado (1,9 milhão) e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (846,2 mil).
- Em 2022, 1,4 milhão de empresas comerciais geraram R$ 6,7 trilhões em receita líquida operacional e pagaram R$ 318,0 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.
- A maior parte dessa receita, 51,0%, foi gerada pelo comércio por atacado, seguido pelo comércio varejista (40,2%), e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (8,8%).
- Desde o início da série histórica da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), em 2007, o ano de 2022 registrou a maior diferença entre as participações dos segmentos do atacado e varejo, de 10,8 pontos percentuais (p.p.).
- A concentração entre as oito maiores empresas do setor comercial praticamente não se alterou, passando de 10,0%, em 2013, para 10,1%, em 2022.
- Em 2022, a participação do Sudeste na receita bruta de revenda era de 48,0%, percentual que caiu desde 2013 (52,2%).
- Entre 2019 e 2022, o número de empresas comerciais que usaram a Internet como forma de comercialização passou de 1,9 mil para 3,4 mil, o que representa um crescimento de 79,2%.
Fonte: IBGE
Foto: Sindivarejista