O governo brasileiro vai esperar por mais informações sobre a eleição da Venezuela para se pronunciar de forma oficial. Mais cedo, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) anunciou a vitória de Nicolás Maduro. Com 80% da apuração concluída, o atual presidente do país obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia. No entanto, a oposição denunciou fraude.
Como houve denúncias por parte da oposição venezuelana, o governo brasileiro decidiu esperar por mais informações sobre o pleito, como transparência da apuração. A avaliação é de que, caso haja alguma resposta precipitada, o Brasil pode ficar isolado, principalmente na região sul-americana.
Enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar as eleições na Venezuela, o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, deve se reunir ainda hoje (29) com representantes das equipes de Maduro e González. A ideia das reuniões de Amorim é entender, de cada lado, como foi a eleição, quais problemas ocorreram e se houve suspeita de fraude, de fato.
Mais cedo, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, anunciou a vitória de Maduro no pleito da Venezuela. Com 80% da apuração concluída, o atual presidente venezuelano obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor González. Os demais candidatos somaram 4,6% dos votos.
Já o comparecimento às urnas foi de 59%. O CNE informou ainda que a demora para a liberação dos resultados do pleito, realizado no domingo (28), ocorreu devido a um ataque ao sistema de transmissão dos votos.
Encerrada a votação, a Venezuela prendeu a respiração à espera do resultado das urnas. A campanha do opositor Gonzáles, liderada por María Corina Machado, se queixou de que o chavismo havia interrompido a transmissão dos resultados. Houve também a denúncia de que não era permitida a presença de fiscais.
Com as atas emitidas ao fim da votação e a auditoria das urnas, a oposição esperava fazer uma espécie de apuração paralela para comparar com os resultados a serem divulgados pelo CNE. O temor é de que o conselho, aparelhado por funcionários chavistas, altere osresultados.
Fonte: R7 – Plício Aguiar