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jul 30 2024

VENEZUELA SEM SOLUÇÃO (NEWS RENATO RIELLA – 30 JULHO)

Governo brasileiro vai esperar por mais informações sobre a eleição da Venezuela para se pronunciar de forma oficial. Mais cedo, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela) anunciou a vitória de Nicolás Maduro. Este órgão é integrante do Governo Maduro, o que tira sua isenção.

Com 80% da apuração concluída, o atual presidente do país teria obtido 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia. No entanto, a oposição denuncia fraude.

Governo brasileiro espera mais informações, como transparência da apuração. A avaliação é de que, caso haja alguma resposta precipitada, o Brasil pode ficar isolado, principalmente na região sul-americana.

 

A líder opositora María Corina Machado disse que os resultados divulgados são “impossíveis, diante dos dados que estamos recebendo”.

“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou Corina.

Governo Maduro decidiu expulsar os representantes diplomáticos de Argentina, do Chile, da Costa Rica, do Peru, do Panamá, da República Dominicana e do Uruguai, que contestaram o resultado das urnas.

Organização dos Estados Americanos convocou reunião para amanhã.

 

INFLAÇÃO – Previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do Brasil – aumentou para 4,10% este ano. A estimativa está no Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC), ouvindo mais de cem especialistas do mercado financeiro.

 

Essa perspectiva fortalece a impressão de que a taxa de juros oficial Selic será mantida amanhã em 10,5% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.

 

Mercado acredita que o BC, no relatório de amanhã, possa sinalizar aumento dos juros até o fim do ano, se a inflação continuar na escala ascendente.

Para 2025, a projeção da inflação subiu para 3,96%.

 

Segundo o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,23%.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,5% ao ano.

 

Projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu para 2,19%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 1,94%. Previsão de cotação do dólar está em R$ 5,30 para o fim deste ano.

 

TURISMO – Visitantes internacionais movimentaram US$ 3,7 milhões no Brasil, equivalente a R$ 20,9 bilhões, de janeiro a junho deste ano. O valor é recorde para o período, segundo o Banco Central.

Na comparação com o primeiro semestre de 2023, houve alta de 15,6%.

 

CONSTRUÇÃO – Setor de construção tem dificuldade em contratar mão de obra, segundo Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Falta ou alto custo de trabalhador não qualificado foi assinalada por 24,7% dos empresários. Indústrias de construção não conseguem atrair e reter trabalhadores mais jovens, que preferem outras carreiras.

 

Pesquisa não indica, mas muitos desses jovens devem estar acomodados com a garantia de benefícios sociais diversos oferecidos pelos diversos governos. Evitam trabalhar com carteira assinada.

 

CORTES – Governo Federal divulgou o relatório de avaliação de receitas e despesas do terceiro bimestre de 2024, confirmando a contenção de R$ 15 bilhões em gastos orçamentários.

Prevê aumento de R$ 20,7 bilhões nas despesas deste ano.

 

Um dos maiores gastos é com benefícios previdenciários, cuja previsão financeira aumentou R$ 5,3 bilhões, para R$ 923,1 bilhões, equivalente a 8% do PIB. Outra despesa são os créditos extraordinários, especialmente para o socorro do Rio Grande do Sul, que cresceram R$ 14,2 bilhões, somando R$ 28 bilhões.

 

Previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano cresceu para 2,54%.

Receita líquida encolheu R$ 13,2 bilhões, para R$ 2,168 trilhões, apesar de a Receita Federal prever R$ 87 bilhões em arrecadação adicional neste ano, incluindo R$ 12 bilhões em restrição de compensações tributárias previstas na Medida Provisória da reoneração da folha — que foi devolvida pelo Congresso.

 

Governo passa a prever déficit primário de R$ 32,6 bilhões nas contas de 2024,  acima do limite inferior da meta fiscal, que permite rombo de até R$ 28,8 bilhões.

Para adequar a programação orçamentária ao novo arcabouço fiscal, o Governo precisará fazer bloqueio de R$ 11,2 bilhões em decorrência do aumento de despesas obrigatórias (Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e benefícios previdenciários

 

Governo ainda prevê contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para o cumprimento do limite da meta fiscal.

Detalhamento da contenção por órgão será divulgado hoje.

 

 

DÉFICIT DE 40,9 BI – Setor público consolidado teve déficit de R$ 40,9 bilhões em junho deste ano. O resultado é menor que o saldo negativo de R$ 48,9 bilhões de 2023, segundo o Banco Central (BC).

No acumulado de 12 meses, o déficit do setor público consolidado – que engloba governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais – foi de R$ 272,2 bilhões. O resultado equivale a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Em junho, o governo central – Tesouro Nacional, Previdência Social e o próprio BC – e as empresas estatais tiveram déficits respectivos de R$ 40,2 bilhões e R$ 1,7 bilhão, e os governos regionais, superávit de R$ 1,1 bilhão.

 

 

DÍVIDA PÚBLICA – Fechou em R$ 7,067 trilhões a Dívida Pública Federal (DPF) no mês de junho, com aumento de 2,25% em relação a maio, segundo o Tesouro Nacional.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro pelo Governo, o estoque da dívida pública deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

 

No mercado externo, com a alta do dólar, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 9,86%, passando para R$ 313,61 bilhões no mês passado.

 

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 30,7% de participação no estoque. Os fundos de pensão, com 23,07%, e os fundos de investimento, com 21,99%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida. A participação dos não residentes (estrangeiros) subiu de 9,76% em maio para 10,03% em junho.

 

 

REABERTURA DO STF – Supremo Tribunal Federal retoma na quinta-feira (1º) as sessões de julgamento. Estão na pauta quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) que discutem, entre outros temas, a decretação do estado de emergência em 2022 e a obrigação de empresas de internet informarem a entrega diária de velocidade.

 

CONTAMINAÇÃO – Ministério da Agricultura comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim da doença de Newcastle (DNC) no Brasil. O foco da doença tinha sido confirmado em 17 de julho em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.

Governo brasileiro aguarda a retirada da suspensão das exportações de carnes de aves por parte dos países importadores.

 

OLIMPÍADA – Brasil ocupa o 18º lugar no Ranking das Medalhas da Olimpíada de Paris. Tem apenas uma de prata e duas de bronze.

 

Seguintes países têm medalhas de ouro: Japão (6), França (5), China (5), Austrália (5), Coreia do Sul (5), EUA (3), Grã-Bretanha (2), Itália (2), Canadá (2), Hong-Kong (2), Alemanha (2), África do Sul  (1), Cazaquistão (1), Bélgica (1), Azerbaijão (1), Romênia (1), Sérvia (1), Uzbequistão (1).

 

Surfista brasileiro Gabriel Medina protagonizou um momento histórico ontem, ao conquistar a nota 9.9, a maior já registrada em uma Olimpíada. Ele avança para as quartas de final como favorito.

 

Na programação de hoje, destaque para basquete masculino, 16h, com Brasil x Alemanha.

 

AGENDA – Hoje, 11h, no Espaço Brasil 21 de Brasília, Presidente Lula participa da cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).

Às 16h, no Palácio do Planalto, haverá sanção do PL 3.038, que cria o Conselho Curador do Fundo de Aperfeiçoamento da Defensoria Pública da União.

 

ECONOMIA – Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou ontem em 126.954 pontos, com baixa de 0,420.

MOEDAS – FONTE: BC

⬇ Dólar Comercial: R$ 5,62 (-0,57%)

⬇ Dólar Turismo: R$ 5,85 (-0,40%)

⬇ Euro Comercial: R$ 6,08 (-0,88%)

⬇ Euro Turismo: R$ 6,34 (-0,80%)

Por RENATO RIELLA

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