As discussões técnicas para estruturação do Arroz da Gente, plano que visa a fomentar a produção de arroz da agricultura familiar, tiveram início ontem (29), em Brasília.
Representantes do governo federal, do Consórcio Nordeste, de bancos federais e regional e de organizações da sociedade civil se reuniram para definir metas e estratégias a serem atingidas, com foco no fortalecimento da agroecologia e uso de tecnologias adaptadas às diversas realidades da agricultura familiar.
O encontro foi realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), juntamente com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). “O arroz é a porta de entrada para discutirmos outros alimentos, como o feijão, a mandioca e os demais alimentos do sistema produtivo. Na perspectiva desta construção que une o saber popular e os elementos da pesquisa, vamos conseguir validar todos os processos”, destacou o diretor de Políticas Agrícolas e Informações, Silvio Porto.
As ações do Arroz da Gente serão desenvolvidas em mais de 240 cidades brasileiras abrangendo os seguintes estados: Maranhão, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins e Roraima.
A Secretária de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do MDA, Ana Terra, destacou o momento como um espaço de articulação. “Eu fico muito contente em estar aqui hoje. Penso que esta é a câmara popular do arroz agroecológico, que a gente pode pensar como um espaço de articulação e de formação de políticas públicas”, disse.
No plano de incentivo à produção de arroz, também está prevista a elaboração de um diagnóstico da produção do alimento, além de feijão e mandioca familiares, de forma a construir um sistema de informações da produção da agricultura familiar, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais.
A partir da iniciativa do Arroz da Gente, cerca de dez mil famílias produtoras deverão receber incentivo para aprimorar o cultivo de arroz, seja a partir de acompanhamento técnico, do apoio para aquisição de tecnologias sociais de baixo impacto, a construção de silos armazenadores, de forma a zerar a colheita manual, até a comercialização. Dentre as ferramentas já existentes e executadas pela Conab que podem ser utilizadas como forma de apoiar o escoamento do produto estão o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Contrato de Opção de Venda.
Fonte: Ascom/Conab