Em celebração ao mês da Mulher Negra Latina e Caribenha, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram hoje (30) o boletim anual “Mulheres Negras”. O levantamento apresenta avanços notáveis das mulheres negras na Área Metropolitana de Brasília (AMB) e na Periferia Metropolitana de Brasília (PMB).
Em 2023, a AMB contava com 1,240 mil mulheres negras com 14 anos ou mais, representando 34,7% da população em idade ativa. Entre elas, 67,7% residiam no Distrito Federal (DF) e 32,3% na PMB. No DF, a presença das mulheres negras na população economicamente inativa foi de 32,2%, enquanto na PMB essa proporção era de 41,5%.
Os dados mostram um cenário promissor para as mulheres negras no mercado de trabalho. No DF, elas constituíam 28,2% da população ocupada, totalizando 397 mil trabalhadoras. Na PMB, as mulheres negras representavam 35,2% das ocupadas. No total da AMB, mulheres negras compunham 30,1% ou 584 mil ocupadas.
Em termos de deslocamento, das 584 mil mulheres negras empregadas na AMB, 72,7% trabalhavam no DF, sendo que 98,8% delas também residiam na capital. Na PMB, 55,8% trabalhavam na região de moradia e 43,1% se deslocavam para o DF, demonstrando a flexibilidade e a capacidade de adaptação dessas mulheres.
A distribuição etária das mulheres negras na população ativa do DF mostrou que a maioria tinha entre 40 e 59 anos (35,4%), seguida por jovens de 16 a 29 anos (24,3%). Entre as economicamente ativas, 41,1% tinham entre 40 e 49 anos, enquanto 28,4% estavam na faixa de 16 a 29 anos.
Na educação, 21,2% das mulheres negras do DF não haviam completado o Ensino Fundamental em 2023, enquanto 65% tinham concluído o Ensino Médio. Entre as economicamente ativas, 76,8% tinham pelo menos o Ensino Médio completo, sendo 33,2% com Ensino Superior, evidenciando um avanço significativo na escolarização dessas mulheres.
Fonte/foto: IPEDF