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ago 06 2024

Custo da cesta básica diminui em 17 cidades em julho, mostra o Dieese

Consumo do brasileiro cresceu 2,89% em outubro, aponta Abras Por: Agência  Brasil – CDL Santa Luzia

O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre junho e julho de 2024, as quedas mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro (-6,97%), em Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 809,77), seguida por Florianópolis (R$ 782,73), Porto Alegre (R$ 769,96) e Rio de Janeiro (R$ 757,64). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).

A comparação dos valores da cesta, entre julho de 2023 e julho de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos aumentou em 11 cidades, com destaque para as variações de Goiânia (5,82%), Campo Grande (5,54%) e São Paulo (5,17%). Entre as seis localidades com retração nos preços, sobressaem Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%).

Nos sete meses de 2024, 15 cidades tiveram elevação nos preços médios, com variações entre 0,06%, em Belo Horizonte, e 7,48%, em Fortaleza. As diminuições ocorreram em Brasília (-0,63%) e Vitória (-0,06%).

Com base na cesta mais cara, que, em julho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em julho de 2024, o salário
mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.802,88 ou 4,82 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.

Em junho, o valor necessário era de R$ 6.995,44 e correspondeu a 4,95 vezes o piso mínimo. Em julho de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.528,93 ou 4,95 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.320,00.

Em julho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 105 horas e 08 minutos, menor que em junho, quando ficou em 109 horas e 53 minutos. Já em julho de 2023, a jornada média foi de 111 horas e 08 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2024, 51,66% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em junho, 54,00% da renda líquida. Em julho de 2023, o percentual ficou em 54,61%.

Entre junho e julho de 2024, sete dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios: café em pó (3,49%), óleo de soja (1,71%), arroz agulhinha (0,99%), leite integral (0,87%), pão francês (0,77%), açúcar refinado (0,66%) e carne bovina de primeira (0,18%). Outros seis produtos apresentaram redução de valor: tomate (-19,22%), batata (-5,56%), banana (-0,87%), feijão carioquinha (-0,83%), farinha
de trigo (-0,66%) e manteiga (-0,29%).

No acumulado dos últimos 12 meses, foram observadas elevações em oito dos 13 produtos da cesta: batata (64,84%), arroz agulhinha (38,86%), banana (12,85%), açúcar refinado (9,03%), café em pó (9,02%), manteiga (2,87%), pão francês (2,85%) e leite integral (2,49%). Foram registradas quedas em outros cinco itens: farinha de trigo (-9,28%), feijão carioquinha (-5,31%), tomate (-4,02%), carne bovina de primeira (-2,53%) e óleo de soja (-0,30%).

Fonte: Ascom/Dieese

Foto: CDL – PB

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