O garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami sofreu uma redução significativa entre março e agosto de 2024. De acordo com dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), divulgados pela Casa de Governo ontem (9), houve uma queda de 95,9% na abertura de novas áreas de garimpo em comparação com o mesmo período de 2022.
Em 2022, no período de março a agosto, foram registrados 903,33 hectares de novas áreas de garimpo, enquanto em 2024, a abertura de novas áreas de garimpo ilegal na TI Yanomami caiu. Neste ano, o número foi reduzido a 37,03 hectares.
Essa queda foi observada em todos os meses analisados, com reduções consistentes mês a mês, observou o Censipam, órgão vinculado ao Ministério da Defesa. Por exemplo, em março de 2024, foram abertos apenas 13,29 hectares, em contraste com 106,68 hectares em março de 2022.
Os dados de março a agosto de 2024 mostram que o garimpo ativo na região foi reduzido de 4.570,56 hectares, em março, para 1.159,19 hectares em agosto, o que representa uma redução de mais de 3.400 hectares, equivalente a 66%. A área de influência do garimpo, que mede o impacto ambiental da atividade, também teve uma queda de 73%, passando de 2.668,84 hectares em março para 717,06 hectares em agosto.
Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo Yanomami, afirmou que as operações federais são constantes e multifacetadas, combinando monitoramento por satélite e radar, além da presença das forças de segurança. “Estamos determinados a continuar com essa operação. A atividade criminosa está sendo contida de forma significativa, e essa redução nos números reflete o empenho de todos os envolvidos”, declarou Tubino.
Ao todo, até agosto de 2024, foram realizadas 1.525 operações de combate ao garimpo na Terra Indígena Yanomami, e a expectativa é de que os números continuem em queda nos próximos meses.
Fonte/foto: Casa Civil