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set 12 2024

Inflação desacelera no DF em agosto, quarto mês seguido

Os resultados referentes aos Índices de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foram apresentados, virtualmente, ontem (11), pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal.

Na análise, Pedro Silva, da Diretoria de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas (Dieps), disse que “os resultados são bastante animadores para o Distrito Federal, pois, pelo quarto mês seguido, fica abaixo da média, com tendência de inflação com variações mais amenas”.

De acordo com Silva, esse foi um movimento verificado no País todo. Várias regiões registraram deflação. E, nesse cenário, apesar de o DF apresentar a segunda maior inflação mensal, perdendo só para Porto Alegre, traz um resultado positivo devido às suas características, porque Brasília normalmente tem uma inflação um pouco mais alta.

A PED apontou que, em agosto, o índice foi de 0,17% e de julho, 0,36%, o que mostra desaceleração quando comparado ao mês anterior. Com relação aos 12 últimos meses, encerrados em agosto, o IPCA acumulou alta de 4,53%, superando o índice nacional que foi de 4,24%. Dos nove grupos de bens e serviços, seis revelaram aumento de preço. Desses, os maiores foram registrados em Despesas pessoais (0,65%) e na Educação (0,95%).

Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego, Francisca Lucena, diretora da Diretoria de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas (Dieps) disse que “o número de ocupados nos serviços cresceu 2,2% desde o início do ano, e que 12,6% do total de trabalhadores estão dentro da Administração Pública, defesa e seguridade social”.

Nas variações negativas, a passagem aérea foi o subitem que contribuiu com o maior impacto negativo na inflação, com deflação de 7,05%, retirando 0,12 p.p. do índice. Já o reajuste da bandeira tarifária de energia de amarela para verde no mês de agosto levou a uma redução de 2,72% no preço da energia elétrica residencial, segundo item de maior impacto negativo.

Tiveram deflação, também, itens de alimentação como a cebola (-18,93%), a batata-inglesa (-20,97%) e tomate (-16,00%). O INPC de agosto teve uma variação de 0,09% mais baixa ainda que o IPCA. Essa desaceleração se deve ao fato da redução nos preços dos alimentos no domicílio e da energia elétrica residencial, “itens de peso considerável no orçamento das famílias com um a cinco salários mínimos. Enquanto o IPCA trabalha com até 40 salários mínimos, o INPC de um a cinco salários mínimos” pontuou Adriele Dias, coordenadora de Variação Econômica e Contas Regionais, ressaltando a diferença nos índices.

Além da desaceleração da inflação no Distrito Federal dos alimentos consumidos em domicílio e energia elétrica residencial, houve a redução nos preços das passagens aéreas, puxando o índice para baixo tanto o IPCA quanto o INPC. Ao final, Silva considerou aspectos positivos tanto em termos Brasil quanto o DF, porém com uma ressalva para o mês de setembro.

Fonte: IPEDF

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