A economia brasileira caiu 0,4% em julho, após três meses de alta, mostram dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgados hoje (13) pelo Banco Central. No acumulado do ano, o índice teve alta de 2,6%. O indicador é conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e produtos finais produzidos no País.
Em junho, o indicador teve alta de 1,4%. O resultado de julho levou o IBC-Br aos 151,5 pontos na série dessazonalizada (livre de influências).
Na comparação com julho de 2023, o IBC-Br teve alta de 5,3%, enquanto no acumulado em 12 meses a expansão foi de 2%. No consolidado do trimestre encerrado em julho, o indicador encerrou com alta de 1,3%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 3,2%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 10,5% ao ano.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia — indústria, comércio e serviços e agropecuária —, além do volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.
Fonte: R7 – Clarissa Lemgruber