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set 16 2024

Cesta básica aumenta em três das oito capitais pesquisadas pela Horus & FGV Ibre

Arroz e feijão ainda são os mais consumidos pelos brasileiros |  Radioagência Nacional

Em agosto deste ano, a cesta de consumo básica de alimentos, obteve um aumento no preço médio em relação ao mês anterior, em três das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo Horus & FGV Ibre.

Rio de Janeiro e Manaus foram as cidades que apresentaram os maiores variações nos preços da cesta, sendo de 16,3% e 2,0%, respectivamente. Salvador, Curitiba e Belo Horizonte registram estabilidade, os preços permaneceram praticamente estáveis, com variações de 0,4%, 0,1% e -0,5% respectivamente.

As cidades que registraram reduções acentuadas foram Brasília e Fortaleza, com variação de –8,4% e –3,1%, respectivamente.

A cesta de consumo básica mais cara continua a ser a da capital fluminense (R$ 1061,37), seguida por São Paulo (R$ 924,61) e Manaus (R$ 793,91). Em contrapartida, Belo Horizonte (R$ 665,66), Curitiba (R$ 723,36), e Brasília (R$ 757,13) foram as cidades identificadas com os menores custos de aquisição.

No âmbito dos gêneros alimentícios, arroz, café em pó e em grãos e frango registraram aumento nos preços em sete das oito capitais abrangidas pela pesquisa.

Segundo Anna Carolina Veiga Fercher , Head de Costumer Success e Insights da Neogrid, o preço do café, novamente, seguiu em alta registrando aumento em sete das oito capitais.

A baixa oferta no mercado nacional decorre das variações climáticas que afetaram, no último ano, regiões importantes no cultivo do grão, tornando menor tanto a produtividade quanto a oferta. Adicionalmente, a demanda para exportação seguiu aquecida, fato que impulsionou o avanço nos preços internos.

Ainda de acordo com ela, com relação à alta nos preços de laticínios como a margarina e a manteiga estão relacionadas ao repasse de custos das
matérias-primas, derivados lácteos e a soja, que registraram aumento de preço no mês de julho no mercado internacional, surtindo efeito em agosto sobre os preços dos industrializados.

Das categorias de produtos que apresentaram queda de preço em diversas capitais, destacam-se os legumes, frutas e bovino, além de outros itens que apresentaram redução de preços em boa parte das capitais

A variação acumulada dos últimos seis meses do valor da cesta básica caiu em cinco das oito capitais, sendo em Brasília a mais significativa, com -9,7% de redução. Em três capitais foi observado um aumento da variação acumulada no mesmo período, com destaque para Manaus, que apresentou uma variação positiva da ordem de 13,0%.

Levando em consideração todas as capitais abrangidas pela pesquisa, nos últimos seis meses, os gêneros alimentícios foram os itens que registraram as maiores elevações nos preços médios, conforme representado nas tabelas a seguir.

Com relação à cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além dos alimentos, houve aumento nos preços médios em seis das oito capitais analisadas, variando entre 1,0% e 16,7%. Mais uma vez, as cidades que apresentaram custo de aquisição mais elevados foram Rio de Janeiro (R$ 2.455,81) e São Paulo (R$ 2.145,27). Salvador e Manaus permaneceram com os menores preços da cesta
ampliada, com R$ 1.661,83 e R$ 1.723,04 respectivamente.

O comportamento da cesta de consumo ampliada seguiu a tendência da cesta básica, sugerindo que o movimento nos preços afetou não somente os alimentos básicos, mas demais produtos que frequentemente estão presentes nos carrinhos de compras do consumidor.

Dos 33 produtos da cesta ampliada, leite em pó, achocolatado/modificador e sabonete registraram aumento no preço em todas as capitais.

O aumento no custo médio da cesta básica, em agosto, decorre de fatores como o repasse dos custos de produção, tanto dos insumos nacionais como os importados, bem como da desvalorização cambial, uma vez que a escalada do dólar encareceu as importações. Esses aumentos recorrentes em categorias importantes afetam especialmente os consumidores de mais baixa renda, que gastam a maior parte de seu orçamento doméstico com alimentação.

Fonte: FGV Ibre

Foto: Agência Brasil – Antônio Cruz

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