A Polícia Federal (PF) vai investigar o incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília, próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República. A corporação confirmou a instauração do inquérito, mas disse que não serão fornecidas mais informações por enquanto.
Hoje (16), o incêndio continua em pontos do parque e diversas regiões do Distrito Federal amanheceram encobertas por uma nuvem de fumaça.
O incêndio começou ontem e um militar do Corpo de Bombeiros chegou a se ferir no combate às chamas. Ele teve 50% do corpo queimado e foi levado ao hospital. Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), o fogo atinge uma área densa de vegetação, com muitas árvores e focos isolados, o que dificulta o combate às chamas.
“Incêndios nesse período muito seco são sempre criminosos. O natural é ter incêndio quando começa o período de chuvas, com algum raio iniciando as chamas. Colocar fogo, mesmo sem a intenção de causar um incêndio, é crime da mesma forma. Nessa época, qualquer faísca pode gerar um grande incêndio”, explicou o Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação em Biodiversidade e Restauração Ecológica do ICMBio, Alexandre Sampaio.
Sampaio também alertou que sem investimento, a floresta pode não se recuperar dos estragos causados pelo fogo. “A vegetação do Cerrado típica, mais aberta, rebrota e cresce muito rápido. No entanto, as matas na beira dos cursos d’água são um desastre, e a regeneração pode levar anos ou talvez nunca aconteça sem investimento e intervenção adequados”, explica.
Fonte: R7 – Edis Henrique Peres
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