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out 02 2024

Israel diz que resposta ao ataque do Irã será “precisa e dolorosa”

Israel disse que a resposta ao ataque com mísseis do Irã será uma ofensiva “precisa e dolorosa” durante o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), hoje (2).

O conselho, principal braço da ONU para tratar de conflitos e guerras, se reuniu para debater justamente a escalada de tensões no Oriente Médio, que aumentou após o Irã atacar Israel com mísseis ontem. Israel e Irã participaram da reunião como convidados.

“Será uma resposta precisa e dolorosa. Vamos nos defender com força e justiça de acordo com leis internacionais”, disse o embaixador a jornalistas antes de seu discurso. Ontem, Israel prometeu um “ataque surpresa” ao Irã como retaliação, mas não havia informado se seria uma ofensiva ampla ou precisa.

Durante seu discurso, ele reafirmou que Israel atacará novamente e disse que “as consequências que o Irã enfrentará serão maior que qualquer uma já imaginada”. “O momento de empatia passou”, afirmou.
O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, disse que o ataque a Israel foi uma “ação de proporcional autodefesa” e, por isso, não houve nenhuma violação de acordos e tratados de guerra.
Iravani disse ainda que a única forma de terminar com o conflito no Oriente Médio e evitar uma guerra generalizada é que Israel interrompa os ataques e a incursão por terra no Líbano.

O Conselho de Segurança se reúne também no mesmo dia em que o governo israelense declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” e o proibiu de entrar no país.

Guterres abriu a sessão — não é comum que o secretário-geral da ONU participe do Conselho de Segurança, mas fontes da ONU afirmaram à TV Globo que ele já havia pedido para participar da reunião antes da reprimenda de Israel a ele.

No discurso, o secretário-geral não falou sobre o caso, mas disse condenar “fortemente” o ataque do Irã com mísseis ao território israelense. Mais cedo, o chanceler israelense disse ter proibido a entrada de Guterres no país justamente por ele não ter condenado a ofensiva iraniana.

Ele pediu que “a soberania do Líbano seja respeitada”, sem citar Israel , o Exército israelense invadiu o território libanês na segunda-feira (30) e começou uma incursão por terra no país contra o Hezbollah.

O Líbano também foi convidado para a reunião do Conselho de Segurança. Em seu discurso, o embaixador do Líbano na ONU acusou Israel de mentir sobre as características da invasão de Israel ao Líbano e chamou a ofensiva de “agressão barbárie”.

“Eles dizem que o objetivo são alvos do Hezbollah. Mas há muitos civis mortos”, disse. “Crianças no sul de Beirute estão dormindo nas ruas. Isso não pode mais ser tolerado”.

O embaixador também pediu ajuda à ONU com fundos para a recuperação do país após os bombardeios de Israel.

Já a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, reiterou a ameaça feita por Washington ao Irã ontem, de que um ataque a Israel teria “sérias consequências”.

Fonte: g1 – Felippe Coaglio, Luisa Belchior

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