A técnica de laboratório cuja a assinatura aparece em um dos laudos de órgãos infectados por HIV se entregou à polícia hoje (15). Jacqueline Iris Bacellar de Assis, de 36 anos, estava foragida desde ontem (14), quando foi expedido um mandado de prisão temporáriapara ela e outros envolvidos no caso.
Jacqueline, que trabalhava como auxiliar administrativa no PCS Lab Saleme, chegou ao lado de dois advogados na Delegacia do Consumidor, na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio. Ela entrou sem falar com a imprensa, que chegou a questionar sobre os laudos.
A técnica diz que só cumpria funções burocráticas e que o nome dela foi usado indevidamente, junto com uma assinatura que ficava armazenada no sistema.
Os Conselhos de Biomedicina e de Farmácia disseram que Jacqueline não tinha nenhum registro profissional. O diploma de biomédica apresentado por Jacqueline não foi reconhecido pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera.
O certificado de formação foi entregue ao laboratório em agosto deste ano, como mostra uma conversa de aplicativo de mensagens. O erro nos exames fez com que seis pessoas que receberam órgãos transplantados fossem infectadas pelo HIV.
O laboratório afirma ter recebido o documento de Jacqueline no momento de sua contratação.
A Instituição de ensino informou “que não emitiu certificado de conclusão de curso de graduação, de qualquer natureza, para a Jacqueline Iris Bacellar de Assis”.
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O PSC Lab Saleme informou que a técnica enviou à empresa o diploma de biomédica e carteira profissional com habilitação em patologia clínica. A clínica enviou o print de uma conversa com Jacqueline em que ela teria enviado o diploma da Unopar.
Jacqueline é inscrita no Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) como técnica de patologia clínica.
O órgão disse ao g1 que a técnica em laboratório possui inscrição ativa como profissional de nível médio. Para assinar laudos, no entanto, o conselho diz que é preciso ter uma formação acadêmica de nível superior.
A profissional também está com o registro ativo no Conselho Federal de Farmácia (CFF).
Fonte: g1 – Henrique Coelho – Pedro Bassan