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maio 22 2015

RETRATO DO BRASIL, EM BRASÍLIA

RENATO RIELLA

Ocupado demais, fui comer ontem num Subway da Asa Sul às 4 da tarde. Por segurança neurótica, sentei numa mesinha interna, apertada, para comer meu sanduíche de atum.

De repente, um alvoroço. As três moças da lanchonete estavam agitadas, ao verem passar no pátio entre as lojas quatro rapazes de bermuda.

À frente, um mulatão sem camisa (camisa amarrada na cabeça), que gesticulou para a gente com o punho levantado como Zedirceu/Genoíno, despertando ódio.

As garotas trabalhadoras olharam para mim. Como se pedissem ajuda, explicaram. O cara, que parece integrante de um Estado Islâmico brasileiro, sem religião, tinha roubado o celular de um jovem cliente no dia anterior.

Um rapaz normal deixou o telefone numa mesinha de fora por alguns segundos, levantando-se para pedir um copinho. Na volta, o malfeitor considerado “muito bonitão” pelas moças havia levado o aparelho.

Foi chamada a polícia, etc, e o pessoal do Subway não sabe o que aconteceu. O certo é que ontem o mulato fortão, grande, sem camisa, estava desafiando pobres empregadas de uma lanchonete, indefesas e revoltadas.

Consolei as meninas do balcão, dizendo: “Relaxem! Uma hora dessas alguém apaga ele!”

Assim será, mas não é a solução. Isso não vai acabar bem!

 

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