A agência de classificação de risco Standard & Poor’s colocou o rating brasileiro em observação negativa.
Vale ressaltar que, para a S&P, a nota de classificação de risco brasileira já está no limite do investment grade.
Ou seja, se confirmado o rebaixamento, entraríamos na classificação “junk”, de países com elevado risco de calote, ou de grau de crédito especulativo.
Cumpre salientar que esse anúncio não é propriamente uma novidade…
Se tomarmos por base o preço do CDS (Credit Default Swap), o seguro contra calote dos títulos brasileiros, na prática o Brasil já é considerado “junk” pelos mercados.
Ainda assim, isso não quer dizer que a notícia tenha seja irrelevante…
O Ibovespa, que registrava valorização superior a 2% nesta terça-feira, apagou boa parte dos ganhos após o anúncio da S&P.
E vejam o que aconteceu com o dólar (na comparação com o real) logo após a notícia. Em poucos instantes, a moeda norte-americana, que já negociava no maior patamar dos últimos 12 anos, acelerou os ganhos e foi acima de R$ 3,44.
Há, portanto, impactos práticos importantes a partir da potencial confirmação do downgrade. Eles envolvem juros, preços das ações, câmbio, inflação… |