As instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central alteraram a projeção para a inflação brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 7,28%, no quarto ajuste seguido.
Para 2017, a estimativa segue em 6% há oito semanas consecutivas. As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5% este ano, e de 6% em 2017.
Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras esperam que o BC reduza a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa para a taxa ao final de 2016 passou dos atuais 14,25% para 13,75% ao ano.
Para 2017, a mediana das expectativas (desconsiderando os extremos nas projeções) é que a Selic encerre o período em 12,50% ao ano.
Essa projeção de redução da Selic é feita mesmo com a afirmação do BC de que não trabalha com a possibilidade de flexibilização de política monetária.
Em entrevista coletiva de apresentação do Relatório de Inflação, na última quinta-feira (31), o diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, reforçou que não deve haver redução da Selic. “O mercado que se ajuste”, disse.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
E o cálculo para a cotação do dólar passou para R$ 4, no fim de 2016, e R$ 4,10, ao final do próximo ano.