A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) tem se revelado uma entidade omissa, diante de tantos descalabros ocorridos no Brasil nestes últimos anos e vem se pronunciar tardiamente, às vésperas do impeachment, com uma moderada Nota Oficial.
A CNBB defendeu, quinta-feira (14), a reforma política para reverter o cenário de crise no país. Em mensagem divulgada durante a 54ª Assembleia Geral, a entidade abordou o processo de impeachment, com extrema frieza, para não se comprometer.
“A crise atual evidencia a necessidade de uma autêntica e profunda reforma política, que assegure efetiva participação popular, favoreça a autonomia dos Poderes da República, restaure a credibilidade das instituições, assegure a governabilidade e garanta os direitos sociais”, diz trecho da mensagem.
Segundo a nota divulgada, a entidade acompanha o processo de impeachment e “espera o correto procedimento das instâncias competentes, respeitado o ordenamento jurídico do estado democrático de direito”.
“Neste momento, mais uma vez, o Brasil se defronta com uma conjuntura desafiadora. Vêm à tona escândalos de corrupção sem precedentes na história do país. É verdade que escândalos dessa natureza não tiveram início agora; entretanto, o que se revela no quadro atual tem conotações próprias e impacto devastador. São cifras que fogem à compreensão da maioria da população. Empresários, políticos, agentes públicos estão envolvidos num esquema que, além de imoral e criminoso, cobra seu preço.”