Michel Temer, se assumir mesmo a Presidência da República dentro de um mês, terá de analisar o aumento do salário mínimo proposto pelo governo Dilma para 1º de janeiro, na faixa de R$ 7,5%, levando o valor para R$ 946.
Este salário mínimo consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, enviado hoje (15) pelo governo ao Congresso Nacional. Esta e outras propostas do governo petista podem ser revistas pelo governo da crise, se o impeachment passar, dando margem a discussões sobre o rumo à direita para a próxima administração.
Desde 2011, o salário mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos antes. A fórmula valerá até 2019.
Se mantida a proposta, o salário mínimo passará para R$ 1.002,70 em 2018 e R$ 1.067,40 em 2019. Os reajustes também seguem a fórmula estabelecida em lei.
Nos últimos anos, o mínimo vem subindo sempre mais do que a inflação, gerando efeitos chocantes sobre as contas federais e balançando a economia da maioria dos municípios brasileiros. Tratava-se de uma postura de esquerda do governo petista, mantida a todo custo. E agora?