Tudo indica que o impeachment vença hoje na sessão especial da Câmara Federal, marcada para depois do almoço.
É uma conseqüência natural do caos a que chegou o governo da presidente Dilma Rousseff, mas aparece como uma péssima solução.
Muita gente mal informada pensa que estará tudo resolvido no Brasil a partir de segunda-feira.
Na verdade, o impeachment terá um segundo turno no Senado, em maio, onde provavelmente passará. Mas, nesse período de quase um mês, Dilma permanecerá governando – sabe lá fazendo o quê.
Se Dilma for cassada pelo Senado, o vice Michel Temer assume o Palácio do Planalto e ela fica afastada do cargo por seis meses, quando poderá ser cassada de fato ou pode retomar a Presidência da República após esse período.
Portanto, passadas as duas votações, ainda teremos seis meses de muito barulho, coincidindo com a campanha das eleições municipais. Dilma, instalada no Palácio da Alvorada, e Lula vão protestar diariamente contra qualquer ação do governo Temer.
O fato positivo é que a economia deve reagir positivamente com a posse provisória de Michel Temer. A perspectiva do impeachment já produziu resultados, com a subida da bolsa, a queda do dólar e alguns sinais de esperança por parte do empresariado.
Esta é a realidade crua e nua. Devemos ficar de olho, pois Michel Temer assume recheado de compromissos perigosos, não somente com petistas enrolados na Lava-Jato (Eduardo Cunha, Renan, etc), mas com partidos de péssima credibilidade, como PP e PR, entre outros.
Pensei bem e hoje não vou à manifestação. Estarei presente na próxima, quando sairmos às ruas lutando por uma nova eleição no Brasil, na esperança de que surja um nome acima dessa sujeira todo que dominou o país. (RENATO RIELLA)