Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, elevou a taxa Selic para 11,75%. É a nona alta consecutiva da Selic. A última vez com tantas altas seguidas havia sido entre abril de 2013 e 2014.
Copom sinaliza que em maio a Selic pode evoluir para 12,75% ao ano, diante da perspectiva de aumento da inflação de 2022.
A elevação da taxa Selic dividiu as entidades do setor produtivo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elogiou a redução no ritmo de alta.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) criticou a elevação, informando que o aumento torna a recuperação econômica mais distante.
“A taxa de juros definida é suficiente para dar continuidade à trajetória esperada de queda da inflação até o final deste ano”, destacou o presidente da CNI, Robson Andrade, em comunicado.
A Firjan ressaltou que a atividade econômica brasileira continua fragilizada e que o aumento de juros “compromete as perspectivas para uma recuperação consistente em 2022”.
ENDEMIA – Presidente Bolsonaro disse ontem, em visita à Bahia, que até o fim deste mês o Governo deverá rebaixar a pandemia do coronavírus para endemia.
Com isso, podem ser suspensas muitas das restrições impostas à sociedade, como o uso de máscaras.
“É a tendência do Queiroga (Ministro da Saúde), que é autoridade nessa questão e tem conversado na Câmara dos Deputados, com os parlamentares, e também no Supremo Tribunal Federal. Vocês vão ficar livres de máscara”, afirmou.
No Brasil, taxa média de mortes pela Covid-19 ficou ontem em 348 casos.
PETROBRAS – Presidente Bolsonaro afirmou que a Petrobras “cometeu crime contra a população” ao aumentar o preço dos combustíveis.
Ele admitiu que pediu à empresa para abaixar os valores. Disse ser a favor da privatização da estatal e reconheceu que há a possibilidade de trocar o atual presidente General Luna e Silva.
Bolsonaro acha que a empresa não colabora com o Governo e que se transformou na “Petrobras Futebol Clube”.
Avaliou como “impagáveis” os preços dos combustíveis, mas disse que é “um problema mundial.”
GUERRA – Presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou o envio de US$ 800 milhões para que os ucranianos possam se defender e proteger o seu espaço aéreo.
Anunciou o envio de suprimentos e armamentos, prevendo que o conflito pode ter longa duração.
Biden disse que os “Estados Unidos, aliados e parceiros continuarão ajudando” e vão aumentar a “pressão contra a economia de Vladimir Putin”.
FERTILIZANTES – Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, solicitou ao comitê de segurança alimentar da ONU que fertilizantes não sejam incluídos na lista de sanções à Rússia.
Em videoconferência com representantes da FAO, apresentou proposta para que os produtos sejam incluídos na mesma categoria dos alimentos, ou seja, que não tenham a exportação interrompida durante o conflito entre Rússia e Ucrânia.
A Ministra salientou que o comércio de fertilizantes é indispensável para garantir a segurança alimentar do mundo.
HAIA – Corte Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), determinou o fim das operações militares russas na Ucrânia, orientação que não será atendida pelo Governo de Vladimir Putin.
Os juízes concordaram que tanto a Rússia como a Ucrânia “não devem tomar nenhuma medida que agrave ou estenda a disputa perante a Corte, ou que a torne mais difícil de ser resolvida”.
SERVIÇOS – Após crescer 10,9% em 2021, setor de Serviços recuou 0,1% em janeiro de 2022, na comparação com dezembro, segundo o IBGE.
Houve a interrupção da sequência de dois meses seguidos de crescimento do setor.
No entanto, o volume de serviços prestados aparece 7% acima do patamar pré-pandemia.
GREVE – Sindicato de Funcionários do Banco Central (Sinal) exige reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, até 22 de março.
Servidores ameaçam greve se não for autorizado aumento salarial para a categoria.
MOURÃO – Vice-Presidente Hamilton Mourão filiou-se ao partido Republicanos, para disputar eleição de senador no Rio Grande do Sul.
REFORMA – Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou, mais uma vez, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 110/2019) que reformula o sistema tributário do Brasil, que voltará a ser apreciada na próxima semana.
O projeto de Reforma Tributária cria um modelo duplo de tributação, com dois impostos sobre valor agregado (IVA): um de competência de estados e municípios, o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), e outro de competência da União, a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS).
RENDA – Ministério do Trabalho lançará hoje, no Palácio do Planalto, o Programa Renda e Oportunidade, destinado a gerar renda e aumentar o poder de compra dos brasileiros, especialmente entre os de menor renda.
ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,093, com queda de 1,27%.
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, atingiu 111.112 pontos, com alta de 1,98%.
Por RENATO RIELLA