Relatório divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informa que, passada a fase mais aguda da pandemia, após mais de dois anos, o número de brasileiros ocupados superou o período anterior à crise sanitária.
Nos últimos 12 meses, a ocupação tem aumentado principalmente em posições que requerem menos escolaridade e que pagam menores salários, o que revela um mercado de trabalho empobrecido e com poucas perspectivas de ascensão para os trabalhadores.
O número de pessoas ocupadas cresceu 9,9% entre o segundo trimestre de 2021 e o de 2022. O grupamento ocupacional com a maior expansão foi o de trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (17,9%), seguido pelos operadores de instalações e máquinas e montadores (15,8%).
A ocupação cresceu menos entre diretores e gerentes (3,0%) e profissionais das ciências e intelectuais (3,4%), que, em geral, são atividades que exigem diploma de nível superior.