A 2ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas retoma os protestos e segue, na manhã des hoje10), para a W3, em direção à Praça do Compromisso, onde o índio Galdino Jesus dos Santos foi assassinado, há 24 anos.
As mulheres indígenas de 172 povos integram uma mobilização que começou no mês passado, em Brasília. O movimento acompanha o julgamento do marco temporal das terras indígenas no Supremo Tribunal Federal (STF).
O marco temporal trata das reservas indígenas e, pelo projeto em análise, elas só podem ser consideradas legítimas se tiverem sido ocupadas antes da constituição de 1988.
Durante a marcha, as mulheres indígenas também defendem direitos dos povos e reivindicam a demarcação de novas reservas indígenas, além de se fazerem oposição a propostas políticas de liberar a mineração em seus territórios e de flexibilizar as normas de licenciamento ambiental em todo o país.
Além disso, os atos discutem a violência contra os povos indígenas como um todo e a violência de gênero que acomete mulheres indígenas.
A marcha estava prevista para acontecer na Praça dos Três Poderes na última quinta (9), mas foi cancelada devido à tensão presente em Brasília por conta das manifestações do 7 de setembro. A presença de manifestantes bolsonaristas na Esplanada dos Ministérios gerou insegurança na realização do movimento indígena.