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jun 17 2024

Alunos de Medicina Veterinária ampliam o acesso à equoterapia

Projeto gratuito de equitação e equoterapia volta às aulas com 360 alunos |  Agência Brasília

A equoterapia, prática terapêutica que utiliza cavalos para o tratamento de pessoas com deficiência física, mental e sensorial, tem se mostrado uma ferramenta eficaz na reabilitação de pacientes com dificuldade de mobilidade e condições neurológicas.

No Distrito Federal, estudantes do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB) decidiram investigar e democratizar o acesso à equoterapia para a população. Como resultado, a pesquisa divulga ao público mapa com localização, preços e horários da terapia na região.

“O tratamento inclui suporte aos familiares dos pacientes, fortalecendo o aspecto psicológico de todos os envolvidos”, acrescenta Francislete Melo, professora de Medicina Veterinária do CEUB e orientadora da pesquisa.

Dividida em quatro eixos, a equoterapia é adaptada às necessidades dos pacientes: Hipoterapia, destinada aos mais debilitados que necessitam de suporte total com dois auxiliares; Educação e Reeducação, para aqueles com algum controle sobre o cavalo, exigindo menos assistência; Pré-esportivo, onde os praticantes conduzem o cavalo sozinhos e participam de exercícios de hipismo; e a Prática Esportiva Paraequestre, voltada para competidores aptos a participar de eventos como as Paraolimpíadas.

A partir de análise qualitativa da equoterapia nos últimos dez anos, visitas técnicas à Associação Nacional de Equoterapia (ANDE) e entrevistas com equitadores, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, o estudo de Isabelle de Freitas, Beatriz Lins e Cavalcante, Ana Cecilia Penna e Lucas Queiroz aponta benefícios diversos para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“O movimento tridimensional do cavalo, semelhante ao andar humano, proporciona estímulos que ajudam no equilíbrio, na força e na coordenação motora. Também constatamos melhorias na fala e na autoestima desse grupo de pacientes”, explica Isabelle.

Para viabilizar o acesso à equoterapia no DF, os estudantes criaram folder informativo que detalha os benefícios e mapeia as instituições que oferecem a terapia na região, incluindo datas, horários e valores por sessão. O material foi distribuído na Rede Sarah Kubitschek de Hospitais de Reabilitação em Brasília, centro público de referência nacional e internacional na recuperação de pacientes com traumas. A proposta é multiplicar a divulgação em outros espaços de saúde.

“Nosso objetivo foi informar as pessoas em reabilitação sobre a disponibilidade e os benefícios da equoterapia no DF. Acreditamos que com informação e acesso, podemos mudar a realidade de quem precisa desta terapia, especialmente aqueles em estado de vulnerabilidade social,” conclui o grupo de estudantes do CEUB.

Fonte:ceub@maquinacw.com

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