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fev 22 2018

BABU MORREU…CONTO AQUI DUAS HISTÓRIAS INCRÍVEIS SOBRE NOSSO AMIGO ELEFANTE

Foi morto por envenenamento, no Zoológico de Brasília, o elefante Babu, que é inesquecível para mim. Espero que a investigação identifique o criminoso. Cito dois episódios que vivi com este amigão enorme.

Em 2005, durante alguns dias, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Fábio Barcellos, assumiu o cargo de governador do DF. Nesse curtíssimo mandato, ele deu azar e viveu uma crise de repercussão nacional.

Os rebeldes sem causa do Ministério Público do DF interditaram o Zoológico, alegando que havia risco de fuga dos dois elefantes (um casal extremamente dócil).bau

De manhã cedo, assustado, o então governador Fábio, meu amigo, me ligou para falar desse estranho episódio. Disse a ele:

-No fim da manhã, vamos fazer uma visita ao Zoo. Você dá entrevista dentro da área cercada dos elefantes. Topa?

Assim foi feito. No momento em que Barcellos estava gravando uma fala intensa para a TV Globo, o grande amigão Babu chegou calmamente por trás. Passou a enorme tromba pelo pescoço do governador.

Ao lado dele, dentro da jaula, fiquei apavorado e gritei: “Epa! Epa! Epa! Meu Deus!”

Vou te contar! Esse Fábio Barcellos, agente policial de elite, é macho pra caramba… Nem se abalou! Continuou falando, acariciando a tromba do amigão de tonelada. Na maior intimidade!

Foi a foto de capa dos jornais, etc. E o Ministério Público acabou parando de pensar em bobagem, liberando logo o Zoo. Ora essa, vá se catar! Medo de elefante!!!

Há pouco tempo, tive outra experiência emocionante com o inesquecível Babu.

Quando o governador Rollemberg, numa péssima medida, aumentou muito o preço do ingresso no Zoo, coincidiu que eu levasse minhas netas Clara e Cecília para ver os bichos.

Rodamos, rodamos, num Zoo quase vazio (em pleno domingo). Ao chegarmos na beira do fosso d’água que cerca a área dos elefantes, havia um tratador jovem, de quase 1m90, forte pra caramba, encostado num canto.

Ao nos ver, se aproximou com expressão alegre e começou a falar sobre o casal de elefantes, muito amigos dele.

Foi quando Babu veio perto de nós, balançando a cabeça de um lado para outro com alegria. O tratador fez algumas demonstrações de intimidade com o enorme animal e nos ofereceu um pequeno show.

Numa grade, do outro lado do fosso, ele colocava um tomate. Com extrema elasticidade, Babu se esticava por cima da lâmina d’água e conseguia sugar esta comida, que tanto apreciava. Fez isso três vezes, sob risadas da plateia de três.

Ficamos agradecidos à dupla de artistas e voltamos para casa com ótimos relatos. Bela manhã de sol e picolés!

Moral da história: não vou nunca dizer para minhas netas que nosso amigo Babu morreu, muito menos que foi assassinado por algum monstro brasiliense. Ê, Brasília! (RENATO RIELLA)

 

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