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jun 20 2024

Banana, laranja e mamão têm queda superior a 10% nos preços do atacado, aponta Conab

Receita de Smoothie

Os preços praticados nos principais mercados atacadistas para banana, laranja e mamão tiveram queda superior a 10% no último mês. Para a banana, foi verificada uma redução na média ponderada de 24,27%. A maior diminuição das cotações foi registrada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Rio Branco, com o preço da fruta em maio 42,35% mais em conta que em abril.

Os dados estão no 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado hoje (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Essa variação negativa é influenciada pelo aumento da oferta nacional, principalmente da variedade nanica produzida no Vale do Ribeira (SP), norte mineiro e catarinense. A banana prata também apresentou queda das cotações devido à concorrência com a nanica. Além disso, as duas variedades tiveram suas demandas reduzidas devido à concorrência com a mexerica poncã, fruta da época que muitos consumidores escolhem em troca da banana. Em junho, há tendência de a variedade prata exercer influência para a manutenção dos preços em patamares mais baixos, uma vez que é esperado um aumento na produção a partir de junho.

Para o mamão, o aumento da oferta nas zonas produtoras capixabas e baianas  para ambas as variedades, principalmente o papaya, influenciou na queda dos preços, em especial nos primeiros vinte dias de  maio. Na média ponderada, a redução chegou a 15,81%. Ainda que a quantidade de produto ofertado no atacado caia em junho,  a tendência é que não haja aumento nos preços devido tanto ao volume de frutas que circula nos mercados como às baixas temperaturas a partir do início do inverno, que desestimulam o consumo de mamão.

No caso da laranja, a Conab verificou preços 13,33% menores na média ponderada. Porém, este cenário não deve se repetir em junho. Já no final do mês de maio, os preços da fruta reverteram o comportamento de queda e esse cenário de incremento nas cotações deve continuar, já que os estoques de suco estão baixos e a safra deverá ser controlada para abastecer o mercado interno e externo, pois o volume armazenado tenderá a cair ou ficar estável por causa do balanço entre alta demanda e pouca matéria prima para fabricar o produto.

Entre as hortaliças, alface, cebola e tomate também registraram redução nos preços. No caso da folhosa, o quadro atual é de diminuição de consumo e, por enquanto, condições favoráveis à produção e colheita. Com as temperaturas mais amenas, a produção das folhosas, em especial a alface, se desenvolve melhor, também favorecendo a qualidade do produto. No entanto, as temperaturas mais baixas influenciam em um menor consumo.

Após longo período de tendência altista, os preços da cebola caíram. A média ponderada decresceu 9,11% em relação à média de abril. Em maio, o abastecimento do bulbo é realizado de forma descentralizada, um dos fatores que influenciam nessa reversão do comportamento nos preços do produto. Ainda assim, mesmo com a queda verificada, as cotações continuam em altos patamares. Os preços do tomate também cederam após 3 meses de alta. Em maio, mesmo com oferta menor que em abril (- 3,5%), as cotações ficaram mais baixas. Com a safra de inverno no mercado ganhando força paulatinamente, a oferta tende a permanecer em evolução, pressionando os preços para baixo. No entanto, nessa época, o produtor tem maior controle sobre a quantidade de produto que coloca no mercado.

Já a batata, cenoura, melancia e maçã registraram aumento nos preços. A maior alta foi verificada para a batata, que, na média ponderada, apresentou elevação de 39,94%. A oferta do tubérculo foi insuficiente para atender a demanda devido à alteração entre a safra das águas e da seca. Fato que foi agravado pelas volumosas chuvas no Rio Grande do Sul, que afetou não só a produção, como também a colheita e transporte do produto.

Para a cenoura foi verificada uma nova alta de preço. A pressão de demanda é explicada pela menor quantidade de raiz enviada por Minas Gerais, maior produtor nacional. Porém, há tendência de reversão deste cenário. Nos primeiros dez dias deste mês, o aumento da oferta mineira já influencia nos preços praticados nos mercados atacadistas, com Ceasas já registrando diminuição nas cotações.

No caso da maçã, ocorreram altas nas cotações e oscilação na oferta na maioria das Ceasas, devido ao controle executado pelas companhias classificadoras. Já para a melancia, a Companhia verificou elevação dos preços e queda do volume total comercializado. As safras paulista e baiana foram finalizadas e a produção em Goiás aumentou, mas ainda timidamente em relação ao ano anterior. Já a demanda é impactada negativamente pelo frio.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, o volume total enviado ao exterior foi de 393 mil toneladas, queda de 6,52% em relação ao mesmo período do ano passado. Já em valor, o faturamento chega a U$S 481 milhões, superior em 4,17% em relação aos cinco primeiros meses de 2023, e de 22,9% em relação ao mesmo período de 2022.

Fonte: Ascom/Conab

Foto: Divulgação – Boomi

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