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jul 19 2024

Censo mostra que o Brasil tem 8.441 localidades quilombolas; 24% no Maranhão

mulheres quilombolas dançando

Em 2022, existiam 8.441 localidades quilombolas no território brasileiro, associadas a 7.666 comunidades quilombolas declaradas pelos informantes do Censo Demográfico. A Região Nordeste possui o maior quantitativo de localidades identificadas, com 5.386 (63,81%) ocorrências, enquanto o Maranhão é o estado com o maior número, com 2.025 localidades (23,99%).

O levantamento inédito foi divulgado hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE na divulgação “Censo Demográfico 2022: Localidades Quilombolas”. Também foi divulgada a publicação “Censo Demográfico 2022 Quilombolas: Características dos domicílios e alfabetização, segundo recortes territoriais específicos: Resultados do universo”. 

Segundo o IBGE, depois do Maranhão, A Bahia  tem 1.814 localidades, e Minas Gerais com 979 localidades, correspondendo, respectivamente, a 21,49% e 11,60% do total.

Outros destaques da pesquisa divulgada pelo IBGE são:

•O município com maior quantitativo foi Alcântara (MA), com 122 localidades, seguido por Itapecuru Mirim (MA), com 121, e Januária (MG), com 101.

•Entre os 20 municípios com maior quantidade de localidades quilombolas, Macapá (AP) aparece como a única capital, com 56.

•Como localidades quilombolas entendem-se lugares do território nacional onde existe um aglomerado permanente de habitantes quilombolas e que estão relacionados à uma comunidade quilombola e contam com, no mínimo, 15 pessoas declaradas quilombolas cujos domicílios estão a, no máximo, 200 metros de distância uns dos outros.

•As comunidades quilombolas foram declaradas por cada informante quilombola por ocasião do Censo 2022. Esse pertencimento está relacionado a questões étnicas, históricas e sociais, de modo que mesma comunidade pode ser composta por mais de uma localidade, conforme a necessidade de dispersão espacial e as formas de organização locais e regionais de cada grupo.

•Os dados de localização das localidades quilombolas, associado ao dado populacional e a outros indicadores e dados socioeconômicos que o IBGE vem divulgando, permitem que os diversos setores da sociedade tenham um panorama da distribuição dessa população.

•Territórios marcados há séculos por suas características de resistência contra a repressão, o racismo e as profundas desigualdades sociais deles advindas, os quilombos refletem, no Censo 2022, a permanência desses desafios. O levantamento mostra que o analfabetismo entre quilombolas é quase três vezes maior do que na população total do país. Outro dado trazido pelo Censo é que 90% dos quilombolas em territórios delimitados convivem com precariedades no saneamento básico.

 

 

Fonte: Gov/ IBGE

Foto: Divulgação – associação Quilombo de Marambaia

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