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maio 07 2024

Custo da cesta básica aumenta em cidades do Nordeste

 

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O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em dez das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre março e abril de 2024, as elevações mais importantes ocorreram, pelo segundo mês consecutivo, no Nordeste: Fortaleza (7,76%), João Pessoa (5,40%), Aracaju (4,84%), Natal (4,44%),
Recife (4,24%) e Salvador (3,22%).

As reduções mais expressivas foram observadas em Brasília (-2,66%), Rio de Janeiro (-1,37%) e Florianópolis (-1,22%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 822,24), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 801,15), por Florianópolis (R$ 781,53) e Porto Alegre (R$ 775,63). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 582,11), João Pessoa (R$ 614,75) e Recife (R$ 617,28).

A comparação dos valores da cesta, entre abril de 2023 e 2024, mostrou que 14 cidades tiveram alta de preço, com variações entre 1,49%, em Brasília, e 9,24%, em Salvador. As reduções foram registradas em Porto Alegre (-1,01%), Campo Grande (-0,68%) e Goiânia (-0,56%).

Nos quatro primeiros meses de 2024, o custo da cesta básica aumentou em todas as cidades, com destaque para as variações do Nordeste: Recife (14,72%), Salvador (14,14%), Natal (13,70%), Fortaleza (13,37%), João Pessoa (13,36%) e Aracaju (12,54%).

O salário mínimo necessário em abril de 2024, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, deveria ter sido de R$ 6.912,69 ou 4,90 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.412,00. Em março, o valor necessário era de R$ 6.832,20 e correspondeu a 4,84 vezes o piso mínimo. Em abril de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.676,11 ou 5,13 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.302,00.

Em abril de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 54 minutos, maior que o de março, de 108 horas e 26 minutos. Já em abril de 2023, a jornada média foi de 114 horas e 59 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em abril de 2024, 54,01% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em março, 53,29% da renda líquida. Em abril de 2023, o percentual ficou em 56,51%.

Fonte: Dieese

Foto: Reprodução

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