Os microempreendedores individuais (MEI) são os grandes responsáveis por esse crescimento no mercado. São eles os donos de 5.402 salões abertos no primeiro semestre deste ano, representando mais de 90% dos novos negócios. No ano passado, foram também os MEI que geraram o maior volume de abertura desses salões – em 2023, dos aproximadamente dez mil novos empreendimentos nessa atividade, mais de 9.900 tinham um microempreendedor individual como proprietário.
“Com estreitamento dos laços entre tutores e animais, principalmente na atual década, os cuidados com os pets se tornaram cada vez mais intensos, fazendo com que os serviços e espaços dedicados a eles não apenas se multiplicassem, mas também evoluíssem, adequando-se cada vez mais às necessidades dos clientes”, afirmou Flávio Barros, gestor do segmento pet do Sebrae
Outro fenômeno mais atual tem provocado a manutenção dessa demanda em ritmo crescente: a melhora do poder de compra do brasileiro.
Estudo da PwC Brasil e do Instituto Locomotiva mostrou que mais da metade dos brasileiros das classes C,D e E afirmaram que pretendem comprar algum produto para pet no próximo ano. O trabalho, intitulado “Mercado da maioria – Como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil”, aponta um público consumidor em potencial de 63 milhões de pessoas, o equivalente a 57% dos consumidores que compõem a faixa de renda ouvida pela pesquisa.
De acordo com o levantamento, nos últimos dez anos, 46% dos brasileiros das classes C, D e E consumiram mais produtos para pets. Quando se pensa na categoria para os próximos dez anos, cerca de um terço (33%) pretende consumir mais. Os canais de compra físicos são os preferidos pelos consumidores ouvidos pela pesquisa: 71% deles. Dividido entre as classes C, D e E, afirmam os responsáveis pela pesquisa que o “mercado da maioria” representa 76% da população brasileira e responde por quase metade do consumo do país.
Fonte/foto: Sebrae