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abr 14 2016

ENVOLVIMENTO DO FAMOSO PADRE MOACIR COM EX-SENADOR GIM COMPLICA A ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA

O arcebispo Sérgio da Rocha, de Brasília, é o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e está com um pepino na mão, chamado padre Moacir, famosíssimo no Distrito Federal e com grande dominação de público em Taguatinga.

Foi informado esta semana que a Paróquia São Pedro, em Taguatinga, no Distrito Federal, aparece citada na 28° fase da Operação Lava Jato, por ter recebido R$ 350 mil da construtora OAS, mas também obteve doações das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia.

Em nota divulgada, o padre Moacir Anastácio de Carvalho, responsável pela igreja, diz que, em maio de 2014, a Paróquia São Pedro recebeu um depósito de R$ 350 mil da OAS por intermédio de do ex-senador Gim Argello, que é frequentador da igreja e foi preso na 28° fase da Lava Jato.

Em junho do mesmo ano, a Andrade Gutierrez também repassou R$ 300 mil para a igreja, com intermediação do então governador Agnelo Queiroz (PT). A paróquia também confirma que recebeu doação da Via Engenharia, mas não informou data nem valores.

Na nota, o pároco diz que os recursos foram doações para o evento de Pentecostes e outras obras sociais e que a paróquia não teve contato com os dirigentes das empresas. A instituição diz ainda que as doações estão todas “contabilizadas e à disposição das autoridades”.

“Por sermos uma instituição religiosa, que sobrevive basicamente de doações, jamais celebramos qualquer tipo de contrato de prestação de serviços com a construtora OAS ou com qualquer outra empresa”, diz a nota.

De acordo com o padre Moacir, há 17 anos a paróquia realiza o evento Semana de Pentecostes e sempre recebeu doações para custeio das despesas.

Em 2014, um deputado distrital integrante da coordenação do evento se ofereceu para conseguir patrocinadores e pediu a ajuda de Gim Argello, que então teria procurado a OAS, conta o religioso.

Ontem, o Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) informou que “não há indicativo de que a paróquia tenha participado do ilícito ou de que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores”.

O ex-senador Gim Argello foi preso preventivamente, em Brasília, sob suspeita de ter recebido propina em troca de sua atuação política em comissões parlamentares de inquérito que investigavam corrupção na Petrobras.

Em nota, a Arquidiocese de Brasília informou que aguarda mais informações sobre o “fato veiculado”  pela imprensa “a respeito da doação a uma  paróquia de Brasília”.

“Comunicamos que as doações dos fieis para a sustentação econômica da Igreja são acolhidas de acordo com as normas estabelecidas pela legislação civil e eclesiástica, rejeitando qualquer procedimento que não esteja de acordo com a lei e defendendo a sua rigorosa apuração”, diz a nota.

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