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jun 28 2024

Ex-CEO da Americanas é preso em Madri (Espanha) e será extraditado

Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas. (Crédito: Reprodução/Americanas Summit 2021)

ex-CEO das Lojas Americanas Miguel Gutierrez foi preso hoje (28) em Madri, capital da Espanha. A informação foi confirmada pela Polícia Federal. O empresário, considerado até então foragido, havia sido incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol.

As investigações apontam que ex-membros da diretoria da rede venderam R$ 287 milhões em ações antes que fosse anunciado, em janeiro do ano passado, o rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço da empresa devido a “inconsistências contábeis”.

A descoberta levou ao enquadramento dos ex-executivos por crime de uso de informações privilegiadas, além de outros delitos sob suspeita na Operação Disclosure.

Ontem, a Polícia Federal deflagrou a ação que investiga supostos crimes contra o mercado financeiro e organização criminosa cometidos por ex-diretores e ex-executivos das Lojas Americanas. Entre os alvos, além de Gutierrez, estão a ex-diretora Anna Saicali e o ex-CEO João Guerra Duarte Neto.

Gutierrez se mudou para Madri durante o inquérito que apura a fraude contábil de R$ 25 bilhões na companhia que comandou. Um inquérito interno da Americanas revelou que o ex-executivo foi o mentor do esquema criminoso. Membros da diretoria teriam falsificado contratos publicitários e ocultado empréstimos, de forma a maquiar os balanços da empresa e aumentar os seus próprios bônus.

Assim que o rombo foi descoberto, a varejista se viu obrigada a pedir recuperação judicial, para reestruturar as dívidas com credores. As investigações foram abastecidas pelas delações premiadas dos ex-diretores Marcelo da Silva Nunes e Flávia Pereira Carneiro Mota. Eles contaram que as fraudes se iniciavam com o preparo, pela equipe de relações com investidores, de um arquivo chamado “verdes e vermelhos”, que fazia parte de um “kit de fechamento trimestral”. Nele, constava a expectativa de crescimento por parte de analistas de mercado. Segundo as delações, quando elas não eram atingidas, a diretoria mudava os resultados “para não frustrar as expectativas de mercado”.

Fonte:R7 – Plínio Aguiar

Foto: Divulgação – Lojas Americanas

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