O voo que leva o ativista Julian Assange até as Ilhas Marianas do Norte decolou hoje (25) de Bangkok, onde fez uma parada para reabastecimento.
Um acordo com a Justiça dos EUA tirou Assange, o fundador do WikiLeaks, da prisão ontem. Ele é acusado de vazar milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos e estava preso desde 2019 no Reino Unido.
Uma vez nas Ilhas Marianas do Norte, um território dos EUA no Oceano Pacífico, ele vai se apresentar à Justiça americana.
Como parte do acordo, Assange vai se declarar culpado nesta semana por violar a lei de espionagem dos EUA, segundo documento emitido pela Justiça dos EUA. Ele assumirá uma acusação criminal — de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA ,- em audiência nas Ilhas Marianas do Norte às 20h de hoje no horário de Brasília.
Na audiência, o fundador do WikiLeaks deve ser sentenciado a 62 meses de prisão, tempo que ele já cumpriu no Reino Unido. Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar um grupo de ativistas chamado WikiLeaks, em 2006. Nos anos seguintes, a organização vazou cerca de 700 mil documentos classificados dos Estados Unidos, o que irritou autoridades norte-americanas.
Com isso, ele enfrentou várias acusações e chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso. Ele será oficialmente libertado após anos de batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos.
Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão. Segundo sua mulher, Stella Assange, o ativista pedirá perdão ao governo dos EUA e será um “homem livre”.
Fonte: g1
Foto: Reprodução/X/@wikileaks / Perfil Brasil