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ago 27 2024

Gabriel Araújo e Beth Gomes serão os porta-bandeiras na abertura dos Jogos Paralímpicos

Gabriel Araújo e Beth Gomes serão os porta-bandeiras na abertura dos Jogos Paralímpicos

Um talento da nova geração da natação e uma veterana do atletismo. Ambos campeões mundiais e medalhistas de ouro. O mineiro Gabriel Araújo e a paulista Beth Gomes serão os porta-bandeiras da delegação brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos, amanhã (28,) em Paris. As duas modalidades são as que reúnem o maior número de pódios para o Brasil na história dos Jogos: 170 no atletismo e 125 na natação.

“Fiquei muito feliz, emocionado. Uma honra máxima ter a oportunidade de estar numa paralimpíada, de estar numa abertura e carregar nossa bandeira. Quando soube, o coração estava meio que gritando, doido para sair pulando e contando para todo mundo”, brincou Gabriel, 22 anos, ouro nos 200m livre e nos 50m costas nos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, na classe S2

“Vou realizar um sonho: representar os atletas, a nação, num momento mágico e único, onde poucos e grandes atletas tiveram essa oportunidade”, completou Gabrielzinho, como é conhecido o mineiro de Santa Luzia, que nasceu com focomelia, doença congênita que impede a formação habitual de braços e pernas.

A paulista Beth Gomes, de 59 anos, tem ampla história de conquistas no atletismo da Classe F53, com destaques para o ouro no lançamento de disco nos Jogos de Tóquio e os títulos mundiais na mesma prova e no arremesso de peso em Paris, no ano passado.

“Quando me falaram que eu seria a representante para conduzir o pavilhão do nosso querido Brasil na abertura, só chorei e chorei. Confesso que não estava imaginando. Representa muito na minha vida. São quase 30 anos de esporte paralímpico. Vou levar comigo como um legado”, resumiu Beth, que era jogadora de vôlei em 1993, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, Gabriel e Beth são dois dos grandes nomes que o Brasil leva a Paris depois de um ciclo que ele qualifica como ‘impecável’.

“Eles tiveram resultados esportivos e aproveitamento impressionantes nas principais competições desde o fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Eles dão forma àquilo que o CPB trabalhou e acreditou nos últimos três anos. Temos a certeza e a tranquilidade de que eles orgulharão os compatriotas quando entrarem na Champs-Élysées empunhando o pavilhão brasileiro”, disse Mizael Conrado, que foi bicampeão paralímpico no futebol de cegos em Atenas 2004 e Pequim 2008.

Gabriel e Beth são integrantes do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio direto do Governo Federal. Dos 280 atletas brasileiros em Paris em 20 modalidades, 274 integram a iniciativa do Ministério do Esporte (97,8%). Dos seis que não fazem parte atualmente, quatro já estiveram em editais anteriores. Os outros dois são guias, que correm ao lado de atletas com deficiência visual. O primeiro edital do Bolsa Atleta em que atletas-guia puderam ser contemplados foi o de dezembro de 2023, após a aprovação da Lei Geral do Esporte.

Assim como ocorreu nas Olimpíadas, a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos terá um padrão diferente de tudo o que já foi feito em megaeventos esportivos. Os seis mil atletas que representam 184 nações serão convidados a um desfile pelo centro de Paris, fora de um estádio. O desfile passará pela Champs–Élysées e seguirá até a Praça da Concórdia, uma das regiões mais visitadas na capital francesa.

“Estou ansioso para mostrar esse espetáculo que transformará o coração de Paris, com performances nunca vistas antes. Um show que vai destacar os atletas paralímpicos e os valores que representam, e que unirá espectadores em todo o mundo ao redor do espírito único dos Jogos Paralímpicos”, afirmou o diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly

O Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, em 11 edições. São 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes. As três modalidades que mais garantiram pódios são, além do atletismo (170 medalhas), a natação (125 medalhas – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) e o judô (25 medalhas – cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes).

Fonte: Gov

Foto CPB – Alê Cabral

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