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ago 31 2015

HONESTINO MERECE RESPEITO!

WILON WANDER LOPES

Que maldade, meu amigo Riella, se você conhece Honestino… Que maldade maior, meu amigo Riella, se você não o conheceu…

Honestino não merece as críticas que você fez a ele – só porque você não gosta do PT, partido ao qual ele nunca pertenceu.

Era um nacionalista. Tinha suas porralouquices, como todo jovem da época, especialmente no meio de uma temerária Ditadura, mas era uma grande alma!

O pior é que, no Facebook, um monte de gente que gosta de você desancou Honestino sem o conhecer…

Quando Honestino foi presidente da FEUB – Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília, eu era diretor social da FEUB, (67/69) e organizava os bailes para angariar fundos para manter a FEUB. Uma trabalheira!

Cansei de ver ele distribuindo o suado dinheiro da FEUB para calouros carentes, alguns até exxxxpertos, que se aproveitavam da generosidade dele.

A gente ficava revoltado, mas ele nos dizia: “Eles precisam mais do que nós!” Era um gentleman. Pergunte às contemporâneas dele na UnB…

Brasília e o DF nunca mais produziram um líder com tantas qualidades, especialmente um grande amor ao próximo. E era um estudante exemplar, ao contrário da maioria dos “militantes” da UnB. Tirou o primeiro lugar no concorrido vestibular da Universidade de Brasília.

Seus colegas o adoravam. Vivia dando cola a eles no Curso de Geologia. Era uma cabeça privilegiada e um amigo presente e muito leal.

Assim, ouso dizer que, com todo o respeito ao deputado que tomou a iniciativa, bem como aos que, porque o conheceram, o admiravam, Honestino não gostaria de receber a “homenagem” do seu nome na ponte.

Falo isso porque, no caso da Anistia, que enriqueceu muitos “subversivos”, alguns na cadeia hoje, a família, coerentemente com os valores dele, dispensou a milionária indenização que receberia pela morte dele. Limitaram-se ao pedido de desculpas pelo Estado, em função do desvio de seus prepostos…

Eu estava lá na sessão especial de análise do processo dele, na UnB, e até falei em nome dos nossos contemporâneos. E ele foi aplaudido de pé pelas figuras que o conheciam, todo o auditório…

E digo mais: ao contrário do que você prenunciou, com relação a seus amigos, até de forma arrogante ( “Já vão tarde!” O que está acontecendo com você, meu admirável amigo Renato Riella?), você não vai perder minha amizade só porque criticou injustamente a Honestino, Riella.

É que ele também era poeta e a mãe dele, uma das mulheres que mais sofreu neste mundo, atrás do corpo do filho para o enterrar, deu o título de um poema dele ao livro: “O bom da amizade é a não-cobrança.”

Não te cobro pela amizade, meu admirável e velho amigo, colega jornalista, companheiro de tantas batalhas, Renato Riella!

Eis um pouco do Honestino que, confiante na sua honestidade intelectual, Riella, tenho certeza de que você não conheceu.

Já que você se diz Cristão, reze hoje pela alma dele, Riella. Depois de tanto maltratá-lo, injustamente, repito, é o mínimo que você pode fazer.

E quanto aos outros, que o criticaram sem o conhecer, de forma até irresponsável, exclamo com toda a força: Honestino merece respeito!

 

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