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out 15 2024

Inadimplência atinge 67,54 milhões de consumidores em setembro, queda de -0,32%

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O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,91%) estavam negativados em setembro de 2024, o que representa 67,54 milhões de consumidores.

Em comparação com setembro de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve queda de -0,32% em setembro de 2024. Na passagem de agosto para setembro, o número de devedores cresceu 0,47.

A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em setembro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

“O crescimento das dívidas no setor bancário, em contraste com a redução em setores como água e luz, comércio e comunicação, sugere que as famílias estão priorizando o pagamento de serviços essenciais, mas têm dificuldades para lidar com dívidas bancárias mais caras. Esta situação pode resultar em uma recuperação econômica lenta, especialmente se as condições de crédito permanecerem rígidas e a inflação continuar impactando a renda das famílias. Para uma recuperação sustentável, é crucial fortalecer a educação financeira, promover políticas de crédito mais acessíveis e investir em medidas que ampliem a capacidade de pagamento dos consumidores”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

A queda do indicador anual se concentrou na diminuição de inclusões de devedores com tempo de inadimplência até 90 dias (‐11,95%).

O número de devedores com participação mais expressiva em setembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,70%). De acordo com a estimativa, são 16,69 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (49,11%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,19% mulheres e 48,81% homens.

Em setembro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.386,62 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,11 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

Os dados ainda mostram que quase três em cada dez consumidores (31,06%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,98% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em setembro de 2024, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 0,20% em relação ao mesmo período de 2023. O dado observado em setembro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de agosto para setembro, o número de dívidas apresentou alta de 0,74%.

Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 2,17%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Água e Luz (‐11,24%), Comércio (‐6,06%) e Comunicação (‐5,27%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

“Em média os consumidores inadimplentes têm dívidas com mais de duas empresas credoras, o que mostra o impacto de um sistema de crédito acessível, porém caro e com juros elevados. A concentração das dívidas no setor bancário sugere que os consumidores tenham cautela na hora de pegar crédito, já que eles recorrem principalmente a empréstimos pessoais e cartões de crédito. Este é um tipo de endividamento que possui juros elevados, o que amplia a dificuldade de regularizar as pendências. Esta situação também reflete a alta dependência dos brasileiros em relação ao crédito bancário para manter seu consumo e enfrentar despesas imprevistas”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,86% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,69%), o setor de Água e Luz com 10,34% e Outros com 7,99% do total de dívidas.

Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (3,23%), seguida pelo Nordeste (0,42%). Por outro lado, o Sul (‐3,78%), o Sudeste (‐0,99%) e o Norte (‐0,84%) mostraram queda no número de dívidas na comparação anual.

Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 43,74% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 36,37% da população adulta.

Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

Fonte: Ascom CNDL- Marina Barbosa

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