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jun 13 2024

Lula diz que ministro indiciado pela PF tem direito de provar inocência

presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, hoje (13), que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal por corrupção e organização criminosa, tem o direito de provar que é inocente. O petista disse, também, que vai conversar com o titular antes de tomar uma decisão sobre o assunto.

“Eu acho que o fato de o cara estar indiciado não significa que ele cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e a acusação foi aceita. Agora, é preciso que as pessoas provem que são inocentes. E ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele ainda, vou conversar hoje e vou tomar decisão sobre esse assunto”, afirmou Lula em Genebra.

O presidente participa amanhã (13) do Fórum Inaugural da Coalização para Justiça Social, na Suíça. O grupo trata do enfrentamento das desigualdades, da concretização de direitos trabalhistas e humanos, da expansão da capacidade e acesso aos meios produtivos e da promoção do trabalho decente. O fórum é uma iniciativa do diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Gilbert Houngbo, ao lado de quem Lula vai exercer a co-presidência da coalização.

Juscelino Filho foi indiciado pela Polícia Federal ontem (12) por ao menos seis crimes devido à suspeita de desvio de recursos públicos destinados a obras de pavimentação. Entre os crimes apontados pela corporação, estão os de falsidade ideológica, corrupção passiva e integrar organização criminosa.

Além disso, o ministro foi indiciado pelos seguintes crimes: frustração do caráter competitivo de licitação; violação de sigilo em licitação; e ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal

Juscelino se manifestou sobre o indiciamento por meio de uma nota, na qual afirma que “a investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original”. Segundo ele, o inquérito “concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”.

Ele destaca que “o indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”. “É importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolve minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público”, ressalta Juscelino.

Fonte: R7 – Plinio Aguiar

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