Em 2022, 82.216 pessoas desapareceram no Brasil, e 46.337 foram localizadas. Em 2023, houve 77.060 desaparecimentos e 56.542 localizações.
Os dados constam do relatório estatístico divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), no encerramento da 2ª edição do Curso de Investigação Policial Aplicada à Busca e Localização de Pessoas Desaparecidas, em Brasília.
O documento reúne dados detalhados, com corte por faixa etária, raça/cor e sexo, além de informações sobre as causas dos desaparecimentos. A coleta de dados confiáveis é fundamental para entender o perfil das pessoas sem paradeiro e identificar padrões que ajudam a esclarecer as causas desses acontecimentos.
O curso também apresentou os conceitos fundamentais e a legislação específica sobre o tema e reforçou o papel dos profissionais da Polícia Judiciária na condução dessas operações.
Os participantes também tiveram a oportunidade de aprender sobre a metodologia de investigação para aumentar a capacidade de resolução de casos de desaparecimento. Outro ponto importante foi o estímulo à integração entre as instituições do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e outras entidades envolvidas no processo de busca e localização de pessoas desaparecidas.
A capacitação contou com a participação de 36 profissionais da Polícia Civil, entre delegados, comissários, agentes e investigadores.
Em agosto, a Senasp lançou a primeira etapa da Mobilização Nacional para Identificação de Pessoas Desaparecidas, com a abertura de quase 300 postos de coleta de amostras de DNA em todo o País de familiares que buscam notícias de familiares sem paradeiro conhecido. Embora a campanha tenha durado uma semana, a doação de material genético pode ser feita a qualquer momento.
Fonte: MJSP