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jan 12 2023

Nas férias, é tempo de redobrar a prevenção contra os acidentes com fogo

Referência no Distrito Federal em tratamento de queimaduras, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) atende pessoas de todas as idades vindas do DF e Entorno.

Em torno de 49% das vítimas do fogo são crianças ou adolescentes, aponta o chefe da Unidade de Queimados do hospital, Ricardo de Lauro Machado. A estatística está presente na literatura especializada.

“Na primeira infância, a queimadura em geral é por escaldadura, que é o contato com o líquido quente. Ainda vemos pessoas cozinhando com a criança pequena no colo”, salienta Ricardo.

“Depois, quando o menino cresce, eles começam a querer colocar fogo nos objetos ou numa formiga, por exemplo. Alguns vão atrás de produtos inflamáveis, como o álcool. Em questão de segundos, acontece um acidente doméstico”, reforça o médico cirurgião plástico.

Segundo ele, dos 2.650 atendidos com queimaduras no pronto-socorro da unidade em 2022, 645 eram crianças com menos de 13 anos de idade. Já em 2021, elas responderam por 26% das internações no hospital. “Os acidentes dentro da residência ou no espaço peridomiciliar, como um quintal, a rua de casa, são a maioria”, afirma o cirurgião.

Vale lembrar que casos de queimaduras são atendidos em toda a rede de saúde, apesar de o Hran ser o mais procurado. “E a cozinha é o principal local de perigo. Lá, estão o fogão, o forno, o micro-ondas, o gás de cozinha e muitos aparelhos elétricos”, alerta Ricardo.

Habituado a esse tipo de ocorrência, o capitão do Corpo de Bombeiros Reginaldo Machado aponta alguns cuidados importantes para os pais. “Primeiro, é primordial evitar o acesso de crianças sozinhas na cozinha ou na área de serviço onde são guardados produtos de limpeza e inflamáveis, como o álcool”, diz. “Além disso, no preparo da comida, a alça de sustentação das panelas deve estar virada para trás. E prefira sempre cozinhar nas bocas de fogão mais ao fundo, em que o acesso de uma criança é mais difícil”, lembra.

Outra recomendação é limitar o acesso a objetos que produzem chamas. “Itens como velas, fósforos e acendedores de fogões devem passar longe da garotada. Ao usar uma vela, sempre indicamos colocá-la num prato fundo com água”, adianta o militar . “O negócio é prevenir sempre. Não só ferimentos graves, mas também a possibilidade de um incêndio no interior das residências”, conclui ele.

Fonte: Secretaria de Saúde

Foto: Agência Saúde – Breno Esaki

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