Às 23 horas desta sexta, ninguém garante que o impeachment possa ser aprovado na Câmara Federal.
O que existe, de verdade, é o consenso de que o Brasil está derretendo.
A presidente Dilma Rousseff não tem base para continuar governando. O PT está cercado de denúncias. E a economia desmorona.
Mas a opção que se abre, com o impeachment, é trágica. A negociação do vice Michel Temer com partidos como PP e PR, entre outros, arrepia qualquer brasileiro de bom senso.
Se o impeachment passar, a foto que sairá em todo o mundo será a de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, levantando os braços num gesto marcial de vitória. Será mais uma vergonha para o Brasil, que será identificado pelas denúncias que cercam este político.
A perspectiva para o primeiro semestre de 2016 é a pior possível, com ou sem impeachment.
Resta estabelecer a dúvida sobre Michel Temer. Será que ele pode nos surpreender, ao assumir a Presidência, mesmo cercado de tanta gente ruim?
Por isso, prevejo que um dia depois do impeachment o Brasil começará uma campanha por novas eleições presidenciais.
Pessoal, vamos lutar para eleger um novo presidente em outubro, em paralelo com as eleições municipais!
Esta é a chance que teremos de buscar coletivamente uma saída para o Brasil.
No momento, a solução que se apresenta é vergonhosa. (RENATO RIELLA)