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jun 18 2024

PCDF deflagra Operação Rainha do Gado

Divisão de Capturas e Polícia Interestadual em ação! - PCDF

Hoje (18), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 18ª DP (Brazlândia), com o apoio de 80 policiais civis, cumpre um mandado de prisão e oito mandados de busca e apreensão contra dez pessoas de uma associação criminosa especializada em fraudes contra bancos públicos e privados e lavagem de dinheiro.

A associação criminosa é baseada em Brazlândia e liderada pela mulher que já foi presa hoje. De cunho familiar, a estrutura criminosa contava com outros parentes dessa mulher, bem como empregados dos bancos. Foram cumpridos mandados de busca na casa de todos os investigados.

Denúncias recebidas pela PCDF relataram que a líder do grupo e sua família estariam “levando uma vida fora do padrão da realidade salarial”. De acordo com as investigações, a líder é professora aposentada da Secretaria de Educação do Distrito Federal e seu marido é desempregado. Eles têm cinco filhos, sendo que a líder da célula é a responsável pelo sustento de toda a família. Segundo apurado, eles possuem vários carros e imóveis na cidade de Brazlândia, além de uma fazenda na cidade de Esperantina/PI.

Durante um ano de investigação, a 18ª DP apurou um esquema fraudulento de empréstimos em bancos, em nomes de terceiros, com a cobrança de porcentagem de participação sobre o valor obtido da instituição financeira.

Gerentes de uma fundação pública e de bancos privados estariam envolvidos no esquema, facilitando a obtenção dos empréstimos com a cobrança de juros abaixo do mercado, por meio da concessão de financiamentos imobiliários.

De acordo com informações de relatórios de inteligência financeira produzidos na operação, o grupo, nos últimos cinco anos, movimentou a quantia de R$ 32.789.750,00 (trinta e dois milhões, setecentos e oitenta e nove mil, setecentos e cinquenta reais) em transações atípicas, apesar da renda mensal declarada da líder do grupo ser de R$ 9.433,34.

Ao analisar o perfil das contas envolvidas, notou-se que a maior parte das movimentações, tanto a crédito como a débito, foram transferências entre servidores da Fundação Educacional do DF, principalmente professores e agentes de serviços gerais.

A investigação apontou ainda a suposta alteração de contracheques de servidores do GDF, para aumento temporário da margem de crédito dos beneficiários do esquema.

Ao que tudo indica, uma pessoa com acesso ao sistema de pagamentos e/ou contracheques do GDF, altera internamente, e por um período bem curto de tempo, o salário bruto do beneficiário do esquema, para que sua margem de crédito aumente e iluda a instituição financeira responsável pela concessão do empréstimo/financiamento, gerando um crédito acima da capacidade financeira do servidor ligado ao grupo criminoso.

Fonte: Ascom/DGPC

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