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ago 22 2024

Pesquisa da OIT mostra que 20,4% dos jovens no mundo não estudam ou trabalham

Brasília, 21/07/2023, A estudante Júlia, mexe em seu celular. Sonhos das juventudes: políticas ajudam a potencializar trajetórias e criar oportunidades. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela uma elevada proporção de jovens fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento, estimada em 20,4%.

Essa parcela da população, comumente chamada de “nem-nem”, traz à tona uma crescente ansiedade da juventude em relação ao trabalho, apesar da tendência global de redução do desemprego juvenil.

A Geração Nem-Nem é um grupo de jovens entre os 14 e os 24 anos que nem estudam nem trabalham.  Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de jovens nem-nem aumentou no Brasil, passando de quatro milhões no primeiro trimestre de 2023 para 4,6 milhões no mesmo período de 2024.

Segundo o estudo da OIT, as perspectivas do mercado de trabalho global para os jovens melhoraram nos últimos quatro anos. A expectativa é de que este crescimento continue nos próximos dois anos.

Para 2023, a taxa de desemprego juvenil ficou em 13%, o equivalente a 64,9 milhões de pessoas. O número representa o nível mais baixo em 15 anos. Espera-se uma queda até os 12,8% até o final de 2025. O panorama, no entanto, não é o mesmo em todas as regiões. Nos Estados Árabes, na Ásia Oriental e no Pacífico, as taxas de desemprego juvenil foram mais altas em 2023 do que em 2019.

Além disso, o relatório Tendências Globais de Emprego Juvenil 2024 revela que o número de jovens entre 15 e 24 anos que estão fora do mercado de trabalho e de programas de educação e treinamento é preocupante.

Em 2023, um em cada cinco jovens no mundo era considerado “nem-nem”. Dois em cada três deles são mulheres. O levantamento sugere que oportunidades de acesso a empregos decentes continuam limitadas nas economias emergentes e em desenvolvimento.

Mais da metade dos jovens que trabalham têm empregos informais. Apenas nas economias de renda alta e de renda média alta é que a maioria deles tem hoje um emprego permanente e seguro.

Além disso, o estudo da OIT aponta que três em cada quatro jovens trabalhadores em países de renda baixa encontrarão apenas emprego por conta própria ou trabalho remunerado temporário.

Fonte: Observatório do Terceiro Setor – Maria Fernanda Garcia

Foto: Agência Brasil – Antônio Cruz

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