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maio 03 2024

Pesquisa mostra que DF é a unidade da Federação onde as mulheres têm maiores salários

Pandemia aumentou estresse em profissionais de saúde, afirma pesquisa | Agência Brasil

A presença feminina tem se fortalecido no mercado de trabalho do Distrito Federal. O 1º Relatório de Transparência Salarial, desenvolvido pelos ministérios das Mulheres (MMulheres) e do Trabalho e do Emprego (MTE), apontou que a capital federal é a unidade da Federação em que as mulheres têm a maior remuneração média, 64,59% a mais do que em todo o Brasil, e a terceira com a menor desigualdade de salário entre homens e mulheres – uma diferença de 8% – atrás apenas do Piauí e de Sergipe.

Enquanto a média nacional de remuneração das mulheres é de R$ 3.904,34, no Distrito Federal o valor é de R$ 6.045,01. O salário feminino no DF é R$ 524,70 menor do que o dos homens na capital federal. Na média do País a diferença sobe para R$ 942,05. A pesquisa se baseou nos dados de 2022 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que reúne informações sobre o mercado de trabalho.

Alguns pontos explicam os índices positivos do DF. Entre os fatores está a característica da distribuição ocupacional na capital. “Temos uma grande concentração de mulheres no setor de serviços e de comércio, que é um segmento muito forte no DF, e na administração pública”, explica a gerente de Avaliação de Políticas Socioeconômicas do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), Bárbara Carrijo

A qualificação feminina é outro aspecto que influencia na diminuição da desigualdade. “A mão de obra da mulher é mais qualificada. Temos uma grande quantidade de mulheres com ensino médio e o ensino superior completos. Quanto maior a qualificação da mão de obra, menor é a diferença”, afirma a gerente do IPEDF. “Mas as mulheres ainda enfrentam dificuldades quando almejam cargos mais altos. A pesquisa indica uma diferença de 20,5% em cargos de dirigentes e gerentes. Então ainda é um desafio”, alerta Carrijo.

Investir em capacitação é uma das formas que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem encontrado para alcançar a equidade de gênero. “Buscamos fortalecer a qualificação da mulher oferecendo políticas públicas voltadas à capacitação e empregabilidade”, afirma a subsecretária de Promoção das Mulheres da Secretaria da Mulher (SMDF), Renata D’Aguiar.

Um desses programas é o Empreende Mais Mulher, que acolhe a população feminina com cursos de artesanato, beleza, autoestima e informática. A Secretaria da Mulher também conta com os programas Oportunidade Mulher, que qualifica mulheres com oficinas online e presenciais; e Realize, com desenvolvimento de competências para o empreendedorismo. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) oferece qualificação feminina nos projetos Capacitando Elas, Mulheres Vencedoras, RenovaDF, Qualifica DF e Fábrica Social.

“As políticas públicas em educação continuada, treinamentos e desenvolvimento de habilidades abrem as portas para oportunidades de emprego mais bem-remuneradas para as mulheres”, analisa a secretária da Mulher, Giselle Ferreira.

Outra frente de trabalho do governo é a sensibilização junto à iniciativa privada e à sociedade. A Secretaria da Mulher faz essa articulação por meio da Rede Sou Mais Mulher, onde a pasta atua de forma conjunta com organizações como Sistema S, Neoenergia, Instituto Banco de Brasília (BRB) e Instituto Federal de Brasília (IFB) promovendo a igualdade entre mulheres e homens, além de ações de empreendedorismo e autonomia econômica das mulheres. A participação é voluntária e por meio de cooperação técnica.

Entre as ações de destaque do projeto está a formação de eletricistas mulheres em curso de formação promovido pela Neoenergia. A qualificação visa ampliar a participação feminina dentro da empresa. Até março deste ano, a empresa já capacitou 343 pessoas, destas 275 foram contratadas, sendo 155 mulheres, um percentual acima de 50%.

Neste ano, o governo instituiu o Dia da Paridade de Gênero no calendário oficial do DF. A data será lembrada todo dia 3 de julho, como forma de incentivo a ações voltadas para a igualdade de oportunidades e de remuneração para mulheres no mercado de trabalho.

Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a igualdade salarial é um componente essencial para promover a equidade de gênero em todas as esferas da sociedade: “Quando as mulheres recebem salários mais baixos do que os homens pelo mesmo trabalho ou trabalho de valor comparável, isso perpetua desigualdades econômicas e sociais, limitando o poder de compra, a independência financeira e as oportunidades de progresso das mulheres”.

Fonte: Agência Brasília – Adriana Izel

Foto: EBC

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