Pela primeira vez na história do País, o Censo 2022 investigou a população quilombola e suas características demográficas, geográficas e socioeconômicas, obtendo informações fundamentais para aprofundar o conhecimento e orientar políticas públicas. O Resultado do Censo foi divulgado hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O “Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos – Resultados do universo”, contempla informações referentes à estrutura etária e perfil de sexo da população quilombola e da população indígena, apresentadas na Comunidade Quilombola Campinho da Independência, em Paraty (RJ). A pesquisa completa pode ser acessada no portal do IBGE e em plataformas como o Sidra, além do Panorama do Censo e da Plataforma Geográfica Interativa , onde também poderão ser visualizados por meio de mapas interativos.
Os dados mostram que o Brasil tem 1,3 milhão de pessoas quilombolas. Em 2022, a idade mediana dos quilombolas era de 31 anos, abaixo da população total residente no Brasil, de 35 anos. A menor idade mediana dos quilombolas se encontra no Norte (26 anos), seguido pelo Nordeste (31 anos). Esta última concentra 68,1% da população quilombola residente.
O percentual de quilombolas com até 29 anos em territórios oficialmente delimitados é 52,6%, enquanto os idosos com 60 anos ou mais participam com 11,9%.
Já a razão de sexo do grupo quilombola foi 100,08, o que significa 100 homens para 100 mulheres, enquanto na população total, eram 94,2 homens para cada 100 mulheres;
Pouco menos da metade (48,44%) da população quilombola tinha até 29 anos de idade, com o maior percentual no grupo de 15 a 29 anos de idade (24,75%), seguido do grupo de zero a 14 anos de idade (23,69%) e do grupo de 30 a 44 anos de idade (21,92%);
O percentual de idosos (60 anos ou mais) era 13,03%, abaixo dos 15,81% da população total residente.
Fonte: IBGE