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jun 03 2024

Retenção de carros importados por greve do Ibama pode reduzir até 5% na economia

A economia brasileira está redenção nas aduanas por causa da greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Conhecida como Operação Tartaruga, a paralisação está atrasando a liberação de milhares de contêineres nos portos do País, afetando o comércio e a indústria automotiva.

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o resultado disso pode chegar a uma redução de aproximadamente 5% na atividade econômica brasileira.

Para chegar ao dado, a CNC levou em consideração o impacto da cadeia produtiva automobilística na economia do País como um todo. Entre 2020 e 2023, o Brasil importou, em média, 38 mil carros por trimestre, cerca de 13,8 mil por mês. Atualmente, mais de 17 mil automóveis estão parados nos portos aguardando liberação aduaneira, o que representa mais de um mês de importações.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, explica que, para analisar o impacto econômico dos atrasos, foram considerados os efeitos diretos, indiretos e induzidos da paralisação, pois toda a cadeia produtiva automobilística é impactada pela interrupção e os seus setores mais próximos.

O estudo demonstra que, em termos econômicos, para cada 1% de redução nos carros efetivamente importados, a atividade econômica cai 0,034%, considerando efeitos diretos, indiretos e induzidos. Os 17 mil automóveis parados nos portos representam 132% da importação mensal, o que pode resultar em uma redução de até 5% na atividade econômica por conta da Operação Tartaruga nos portos brasileiros.

“A paralisação dos servidores do Ibama e do Mapa afeta a oferta de diversos bens importados no território nacional, não apenas de veículos, mas nos ativemos ao segmento automotivo nesta primeira etapa do estudo”, explica Felipe Tavares. A estimativa é que cerca de 1,2 mil contêineres com peças, componentes, carros a combustão e híbridos estão retidos. No total, mais de 17,3 mil veículos aguardam liberação nos portos, impactando diretamente a cadeia de vendas no Brasil.

Fonte/foto: CNC

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