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jan 15 2022

Surto de gripe atinge pelo menos 22 estados e o Distrito Federal

O surto de gripe que se espalhou pelo Rio de Janeiro e São Paulo no final do ano passado agora atinge pelo menos 22 estados e o Distrito Federal, que confirmaram o aumento de casos, óbitos e atendimentos por conta da variante H3N2 da influenza. 

Os outros quatro estados (Alagoas, Sergipe, Mato Grosso e Paraíba) não responderam aos questionamentos da reportagem do R7. No entanto, ao menos três das capitais desses estados, Maceió, Cuiabá e João Pessoa, também registraram um surto de gripe nas últimas semanas. 

O levantamento revela ainda que os estados somam, pelo menos, 55 óbitos e outros 2.719 casos confirmados da H3N2. 

variante Ômicron do novo coronavírus também é apontada como uma das culpadas pela explosão de casos de síndrome gripal e até o governo Bolsonaro já admite uma nova onda da pandemia no Brasil por conta da cepa. Em Santa Catarina, por exemplo, os casos de Covid-19 aumentaram 560% de uma semana para outra no final de 2021.

Com o avanço dos dois vírus ao mesmo tempo, especialistas afirmam que o apagão de dados do Ministério da Saúde torna ainda mais difícil de entender o impacto de cada uma das infeccções por trás do surto de casos de síndrome gripal no país. 

O chefe médico da healthtech Hilab, Bernardo Almeida, estima que somente os casos de Covid notificados oficialmente são pelo menos quatro ou cinco vezes menores do que as infecções reais. Mesmo os casos registrados oficialmente no Brasil já estão próximos aos dos piores patamares da pandemia, com cerca de 92 mil infeccções por dia.

“A estimativa do IHME (Institute of Health Metrics and Economics), vinculada à Universidade de Washington, estima que nesse momento esteja ocorrendo mais de um milhão de novas infecções por dia no Brasil (…) As subnotificações tendem a se intensificar nos períodos de picos de circulação viral, justamente pelo número de testes não aumentar proporcionalmente no mesmo ritmo”, comenta

Além do apagão de dados, a corrida dos brasileiros aos laboratórios e farmácias já traz falta de insumos para testes em diversos estados e alguns hospitais começam a priorizar os exames em pacientes com sintomas graves. 

O avanço também já é sentido na fila de espera dos prontos socorros da rede pública e privada. O número de internados por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) tem crescido, como em São Paulo, onde houve um aumento de 223% na média móvel de internações novas por dia com ocupação de leitos exclusivos para pacientes de Covid-19 em um mês.

Fonte: R7

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