A grande notícia do mundo ontem foi a condenação do candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Doze jurados de New York, por unanimidade, condenaram ele por 34 crimes de pequena gravidade (suborno a uma ex-namorada, documentos oficiais escondidos no banheiro de casa, etc).
Em julho, o juiz do caso, Juan Merchan, decide qual a pena a ser aplicada, mas tudo indica que Trump receberá multa de US$ 5 mil por cada crime. Em caso extremo, pode ser condenado a quatro anos de prisão. Mesmo neste caso (retido em cadeia) poderá disputar as eleições de novembro. E certamente deve recorrer da decisão de ontem, o que pode retardar o processo.
Trump vai intensificar a campanha eleitoral. Na saída do tribunal, foi duríssimo, ao declarar: “Isso foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto”.
TURISMO – Receita do Brasil com o turismo internacional cresceu 37,1% no mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, e bateu novo recorde, segundo o Ministério do Turismo.
Visitantes de outros países deixaram US$ 620 milhões (R$ 3,220 bilhões) na economia brasileira no quarto mês de 2024.
No primeiro quadrimestre de 2024, o valor das entradas de divisas internacionais no turismo também bateu todos os recordes da série histórica, com crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na soma de janeiro, fevereiro, março e abril, turistas de outros países deixaram US$ 2,6 bilhões (R$14 bilhões) na economia brasileira, melhor marca já registrada.
O Brasil fechou o primeiro quadrimestre de 2024 com alta de 7,4% no número de turistas internacionais em relação ao mesmo período do ano passado: foram 2,92 milhões de turistas.
AUXÍLIO – Caixa Econômica começou a pagar o “Auxílio Reconstrução”, em parcela única de R$ 5.100, para os atingidos pelas enchentes do Rio Grande do Sul. Mais de 34 mil famílias gaúchas devem receber o benefício nesse primeiro momento.
R$ 4,7 BILHÕES – Congresso Nacional aprovou dez projetos que abrem R$ 4,7 bilhões em créditos especiais e suplementares ao Orçamento da União. As matérias beneficiam vários ministérios, com R$ 2,85 bilhões para Saúde e Desenvolvimento Regional.
Na Saúde, para ampliação e melhoria de sistemas públicos de abastecimento de água em municípios com até 50 mil habitantes. No Desenvolvimento Regional, para infraestrutura em segurança hídrica em municípios.
Destaque também para o PLN 9/2024, que destina R$ 873,4 milhões para diversos órgãos do Poder Executivo. A maior parte do dinheiro (R$ 641 milhões) vai para o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia financiar projetos na Amazônia Legal. Outros R$ 206,5 milhões devem ser aplicados no Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste.
CALAMIDADES – Presidente Lula assinou medida provisória disponibilizando recursos para abertura de crédito em locais atingidos por calamidades públicas. Até R$ 15 bilhões poderão ser utilizados em financiamentos para empresas de todos os portes do Rio Grande do Sul.
A MP autoriza a utilização do superávit financeiro do Fundo Social para disponibilização de linhas de financiamento a pessoas físicas e jurídicas localizadas em entes federativos em estado de calamidades públicas.
SEGUROS – Consultoria especializada estima que cheias no Rio Grande do Sul tenham destruído 200 mil veículos, com prejuízo estimado de R$ 8 bilhões.
Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras, mais de 8 mil proprietários de veículos já pediram indenização.
Esses 8.216 veículos já avisados representam R$ 557 milhões em pagamentos de indenizações.
SUPERÁVIT – As contas públicas no Brasil fecharam o mês de abril com saldo positivo, resultado principalmente do superávit do Governo Federal, que teve arrecadação recorde no mês passado.
O setor público consolidado – formado pela União, pelos estados, municípios e empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 6,688 bilhões no mês de abril. O valor, entretanto, é menor que o resultado positivo de R$ 20,324 bilhões registrado no mesmo mês de 2023, segundo o Banco Central (BC).
Déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas), desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.
Nos quatro primeiros meses do ano, o setor público consolidado registra superávit primário de R$ 61,320 bilhões. Em 12 meses, encerrados em abril,- as contas acumulam déficit primário de R$ 266,506 bilhões, o que corresponde a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2023, as contas públicas fecharam o ano com déficit primário de R$ 249,124 bilhões, 2,29% do PIB.
Os gastos com juros do Brasil ficaram em R$ 76,326 bilhões em abril deste ano, um aumento significativo em relação aos R$ 45,753 bilhões registrados em abril de 2023.
No mês de abril deste ano, a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 8,424 trilhões ou 76%, com aumento em relação ao mês anterior (R$ 8,347 trilhões ou 75,7% do PIB).
CARTEIRA ASSINADA – Brasil fechou o mês de abril com saldo positivo de 240.033 empregos com carteira assinada, segundo o Ministério do Trabalho. O resultado de abril decorreu de 2.260.439 admissões e de 2.020.406 desligamentos.
No acumulado do ano de janeiro/2024 a abril/2024, o saldo foi positivo em 958.425 empregos, resultado de 8.904.070 admissões e 7.945.645 desligamentos.
ALUGUEL – Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como “inflação do aluguel”, subiu 0,89% em maio, registrando aceleração em relação ao mês anterior, quando apresentou taxa de 0,31%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 0,28% no ano e queda de 0,34% nos últimos 12 meses.
SAIDINHA – Ministro André Mendonça (STF) abre polêmica ao decidir que a aprovação da lei que acaba com a chamada “saidinha” de presos não pode valer para aqueles que já desfrutam do benefício.
O entendimento foi expresso ao analisar o caso de um detento de Minas Gerais que teve o benefício da saída temporária e de trabalho fora da cadeia cassados por uma vara de execuções penais, após a aprovação da lei pelo Congresso.
Na decisão, o ministro argumenta que uma nova lei só retroage, ou seja, só passa a ser aplicada sobre quem tem condenação anterior a ela, quando beneficia o réu.
CIGARROS – Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce”, destacou a pasta em nota.
Dados apresentados pelo ministério indicam que crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. O mote da campanha é o Dia Mundial Sem Tabaco 2024.
FERIADOS – Após o dia de folga de ontem, os três próximos feriados serão em sábados: 7 de setembro (Independência), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida) e 2 de novembro (Finados).
MEIS – Microempreendedores Individuais (MEIs) têm até hoje (31) para entregar a Declaração Anual do Simples Nacional, a DASN-SIMEI, referente ao ano de 2023. Esse prazo só não vale para os empresários que vivem nas cidades do Rio Grande do Sul. Nesses locais, a data limite é 31 de julho.
Cerca de 15,7 milhões de declarações de MEIs devem ser realizadas neste ano, segundo o Sebrae.
E hoje também termina o prazo para a Declaração do Imposto de Renda (exceto para os gaúchos).
ECONOMIA – Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou aos 122.707 pontos na quarta-feira (29), com baixa de 0,86%
MOEDAS – FONTE: BC
⬆ Dólar Comercial: R$ 5,20 (+1,07%)
⬆ Dólar Turismo: R$ 5,41 (+1,16%)
⬆ Euro Comercial: R$ 5,62 (+0,51%)
⬆ Euro Turismo: R$ 5,85 (+0,54%)
Por RENATO RIELLA
