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ago 08 2020

100 MIL MORTES NO BRASIL

—RENATO RIELLA —

Haverá grande repercussão amanhã, quando o Brasil atingirá a marca simbólica de 100 mil mortes pela covid-19.

Está abaixo apenas dos Estados Unidos, que se encaminham para a faixa de 200 mil óbitos.

O fato já foi destacado nas revistas de fim de semana e deve ocupar todas as mídias, abrindo grandes debates e criando um clima de relativo pânico.

Ontem, o número de óbitos no nosso país chegou a 99.572.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.079 mortes.

Os estados com mais mortes em função da covid-19 são: São Paulo (24.735), Rio de Janeiro (14.028), Ceará (7.921), Pernambuco (6.867) e Pará (5.854).

As Unidades da Federação com menos óbitos foram Tocantins (437), Mato Grosso do Sul (481), Roraima (544), Acre (556) e Amapá (599).

 

OITO CAPITAIS – Na marca dos 100 mil mortos, estudo realizado por pesquisadores de universidades federais do Brasil mostra que capitais como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) regrediram no combate à pandemia.

Juntas, essas cidades somavam, em julho, 27,9 mil casos confirmados da doença.

Outras cinco capitais também integravam a amarga lista: Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), João Pessoa (PB) e Brasília (DF).

A Capital Federal caminhava, até 31 de julho, para 105 mil casos confirmados (na primeira semana de agosto, já eram quase 120 mil).

De acordo com os especialistas das universidades, as oito cidades mencionadas estavam com curva acumulada de mortalidade em ascensão.

 

ESCOLAS – O grande problema, sem solução visível em meio à pandemia, é a reabertura das escolas.

Nenhum governo estadual ou prefeitura acenou com proposta aceitável nessa área.

Há o caso isolado de Manaus, que reiniciou  aulas, mas com baixa frequência e em atitude discutível, a ser observada cuidadosamente.

As aulas haviam recomeçado nas escolas particulares do DF, timidamente, mas ontem foram suspensas de novo pela Justiça do Trabalho.

O assunto continua complicado.

Em São Paulo, a reabertura foi adiada para outubro.

 

PARADA – Não haverá Parada de 7 de Setembro.

Em Brasília, provavelmente haverá manifestações populares na Esplanada, como tem acontecido em muitos fins de semana.

 

MICHELE – Surgiu novidade que coloca diretamente a família do Presidente Bolsonaro no escândalo das rachadinhas.

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, depositou pelo menos 21 cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, de 2011 a 2018.

Haveria também depósitos feitos pela mulher de Queiroz. Tudo indica que o montante ultrapassa R$ 80 mil.

Será o assunto da próxima semana, levando-se em conta que  Michele ainda está reclusa, pelo coronavírus.

 

AVÓ – Por falar em Michele, a avó dela está em recuperação no Hospital de Santa Maria (DF) e já deixou a UTI.

 

ISS – Ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião com prefeitos, disse que não pretende apoiar a inclusão do Imposto Sobre Serviços (ISS) no bojo da reforma tributária que está no Congresso.

O ministro apoia a tese de deixar o ISS fora, porque “é o imposto do futuro e os prefeitos não podem abrir mão dessa receita”.

O ministro disse que a União não compensará qualquer ente federativo por uma eventual perda.

 

RECEITA – O secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, afirmou que, após mandar a primeira etapa da proposta de Reforma Tributária ao Congresso, o Governo está promovendo o diálogo com representantes de estados e municípios e com os congressistas da Comissão Mista da Reforma Tributária.

O objetivo é harmonizar para a construção do Imposto Sobre Valor Agregado Nacional (IVA Nacional), com a fusão de todos os tributos que incidem sobre consumo.

Sobre as propostas que estão no Congresso, Tostes afirmou que a expectativa do governo é aprovar mudanças ainda em 2020.

 

BALDY – Ministro Gilmar Mendes (STF ) determinou a soltura do secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy.

 

ECONOMIA – Mercado Livre tornou-se a maior empresa da América Latina em valor de mercado, segundo levantamento da consultoria Economatica.

A empresa argentina dobrou de tamanho em 2020 com avanço do comércio eletrônico em meio à pandemia.

Com valor equivalente a US$ 59,3 bilhões, Mercado Livre registra valorização de 108,7% em relação ao seu valor em 1º de janeiro de 2020.

Ultrapassa Vale e Petrobras.

 

RICARDO – Rede Ricardo Eletro anuncia pedido de recuperação judicial de R$ 4 bilhões.

Serão fechados, pela proposta, 320 pontos de venda.

 

JUROS – Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, numa definição surpreendente, disse ontem que não colocará em votação o projeto aprovado pelo Senado que limita em 30% os juros do cartão de crédito e cheque especial.

 

SANEAMENTO – Com a aprovação do Marco do Saneamento, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Governo Federal, vai trabalhar para atrair recursos privados para os serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto. A informação é do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

Para abrir o setor de água e esgoto para a concorrência privada, o texto obriga que os serviços passem por licitação.

Com isso acabam os contratos que passavam o saneamento das cidades diretamente para estatais, sem concorrência.

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